Mais de 1.000 alunos e diplomados participaram, até ontem, na segunda edição da “UAlg Careers Fair”, uma feira de recrutamento promovida pela Universidade do Algarve (UAlg), em Faro, onde estiveram presentes 35 empresas.

A feira, que decorreu no Complexo Pedagógico do Campus da Penha, contou com a participação de mais de 40 entidades, na maioria empresas, regionais, nacionais e estrangeiras, de áreas como o turismo, saúde, banca ou tecnologia, disse à agência Lusa o porta-voz da UAlg, André Botelheiro.

Durante dois dias, os participantes puderam assistir às diversas sessões que decorreram em simultâneo em sete auditórios, desde sessões de apresentação das empresas, como sessões de recrutamento, ou “workshops” que ensinaram como elaborar um currículo ou a melhor abordagem numa entrevista de trabalho.

“A maior parte [das empresas] vem à procura de pessoas para fazerem estágios remunerados, que é uma porta de entrada no mercado de trabalho”, referiu André Botelheiro, observando que este ano o evento atingiu a sua capacidade máxima, tendo a universidade sido forçada a recusar os pedidos de algumas empresas.

Durante a feira, os candidatos a emprego tiveram entrevistas de trabalho, individuais e coletivas e, embora o objetivo possa não ser a contratação imediata, existiu a hipótese de os empregadores oferecerem a realização de estágios profissionais.

Diplomado em Engenharia Informática desde o ano passado, Mário Paredes é um dos ex-alunos que procurou emprego na feira, tendo conseguido marcar duas entrevistas de emprego.

“Estou a ver se encontro alguma proposta, até porque o emprego nesta área é complicado no Algarve, há poucas empresas”, referiu, sublinhando que tem a expetativa de, pelo menos, ingressar num estágio.

Do mesmo curso, mas ainda a frequentar um mestrado, André Oliveira também foi tentar a sua sorte na feira de recrutamento, tendo igualmente conseguido agendar entrevistas de trabalho.

“Algumas empresas eu nem conhecia, lá fora, sozinhos, temos mais dificuldade em encontrá-las”, referiu o aluno da Ualg, observando que as empresas “não se mostram muito para fora”.

Do lado dos empregadores, a expetativa era também a de preencher vagas para estágios profissionais ou para postos de trabalho efetivos, como é o caso da Glintt, uma multinacional da área da tecnologia, com origem portuguesa.

“A minha experiência em recrutamento diz-me que o Algarve é uma zona com dificuldade em recrutar, mas agora já existe tecido empresarial com mais capacidade de atração”, referiu à Lusa um “gestor de talentos” da empresa, Sérgio Leote.

Cláudia Venâncio, do departamento de Recursos Humanos da Quinta do Lago, disse à Lusa que o empreendimento já incorporou alguns estagiários que submeteram a sua candidatura no ano passado, na primeira edição da feira.

Neste momento, a maior parte das vagas são para o setor operacional, sobretudo na área da restauração, mas ali, na feira, estiveram apenas a recolher candidaturas, esclareceu.

Segundo André Botelheiro, estiveram ainda presentes no evento algumas empresas estrangeiras de Recursos Humanos, que procuraram recrutar profissionais, sobretudo na área da saúde, para trabalharem nos seus países.

Os resultados práticos da feira de recrutamento, que a organização refere como a maior a sul do Tejo, deverão ser monitorizados pelo gabinete de saídas profissionais da universidade.

Fundada em 1979, a Universidade do Algarve tem 9.000 alunos, saindo daquela academia uma média de 1.500 diplomados por ano.

O evento destinou-se sobretudo a alunos e diplomados da UAlg, embora fosse aberto à restante comunidade.

com Lusa