Uma oferta diversificada, centrada na reabilitação de atletas profissionais e potenciadora do turismo de saúde é a grande aposta do Centro Médico Internacional de Vila Real de Santo António, cujo contrato de gestão e exploração foi na passado sexta-feira assinado.
A nova unidade, que conta com a colaboração de médicos cubanos na área da medicina física e de reabilitação, vai ser gerida e explorada pelo grupo Hospital Particular do Algarve, que assinou com a empresa municipal de Vila Real de Santo António, a Sociedade de Gestão Urbana (SGU), o contrato do centro médico, numa cerimónia realizada na biblioteca municipal da cidade.
Localizado na nave do complexo desportivo de Vila Real de Santo António, local utilizado por muitos atletas para realizarem estágios, o centro vai ter como objetivos aproximar da população valências inexistentes na oferta atual e tornar “cada vez mais uma referência” o centro desportivo local, uma das apostas estratégicas do município, disse na cerimónia o presidente do conselho de administração do Hospital Particular do Algarve, João Bacalhau.
O município de Vila Real de Santo António tem uma pareceria com os serviços médicos cubanos, que já permitiu a colaboração em áreas como a oftalmologia, mas que agora vão “aportar a sua experiência na área da reabilitação” à oferta do Hospital Particular do Algarve (HPA).
“Os médicos cubanos têm uma experiência diferente da nossa e há aqui uma vertente que pretende explorar sinergias na área da fisioterapia”, afirmou João Bacalhau, frisando que o centro vai funcionar em rede com as outras unidades de saúde do grupo e visa também “cativar o mercado estrangeiro” e o espanhol na principal região turística do país, cimentando a vertente do turismo de saúde.
O presidente da câmara, Luís Gomes, disse que esta parceria entre o município, o HPA e os médicos cubanos visa ser “um projeto de desenvolvimento local, tendo por base a qualidade de vida das populações”, inserido numa “ambição de dar a liderança regional a Vila Real de Santo António” nas áreas do turismo de saúde e desportivo.
A par da importância de dar aos atletas que escolhem o concelho para fazer os seus treinos e estágios, Luís Gomes destacou a importância de o município e a SGU estarem a cumprir uma das suas missões, que é a de “valorizar os ativos municipais”, nomeadamente a nave do complexo desportivo, que disse estar “subaproveitada”.
“Agora, quem vier preparar-se para as competições vai ter uma resposta que não existe em muitas partes do mundo”, afirmou, referindo-se à possibilidade de os atletas serem tratados no mesmo local onde estagiam.
A cerimónia de assinatura do contrato contou também com a presença da embaixadora de Cuba em Portugal, Johana Tablada de la Torre, que apontou o “orgulho” e o “prestígio” que os médicos cubanos angariaram junto da população e nos locais onde trabalham.
Esta parceria é também, segundo a diplomata, um bom exemplo das sinergias e colaborações que a República de Cuba pode estabelecer em áreas como a saúde, os negócios ou a cultura.