O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) vai financiar a formação de um grupo de 50 desempregados, na área do comércio, no Algarve, ao abrigo de um protocolo assinado hoje com a associação regional do setor.
Em declarações aos jornalistas, o presidente da Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL), entidade formadora, explicou que o objetivo é dar novas qualificações àquelas pessoas, na expectativa de que possam depois ser colocadas em empregos no setor, embora não seja certo que todos fiquem empregados.
Segundo Victor Guerreiro, os candidatos, que vão agora começar a ser selecionados, deverão ser “pessoas com vontade de trabalhar” na “panóplia de atividades” existentes no setor do comércio, que não se resume ao atendimento ao público, podendo ir desde a informática à gestão de ‘stocks’.
O acordo entre o IEFP e a ACRAL envolve um investimento de 80 mil euros, por parte do IEFP, ao abrigo da medida “Vida Activa”, afirmou o presidente do instituto, Jorge Gaspar, observando que não só o desemprego no país tem vindo a diminuir, como as colocações através do IEFP têm crescido “exponencialmente”.
De acordo com o responsável, as empresas estão a colocar mais ofertas no instituto e as colocações têm aumentado ao longo dos últimos trimestres, o que se traduz numa “realidade insofismável” de que o desemprego está a baixar “consistentemente”.
Na cerimónia de assinatura do acordo esteve também o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, que elogiou a manutenção do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e da Taxa Social Única (TSU), medida que vai permitir manter algum poder de compra por parte dos portugueses, estimulando a economia.
“Há todo um mercado que beneficia do aumento do poder de compra, o que significa menos encerramentos e menos desemprego”, observou o dirigente, lembrando que no auge da crise, entre 2011 e 2012, chegaram a encerrar, em média, no país, 100 estabelecimentos por dia.
Para João Vieira Lopes, o aumento da TSU e do Imposto sobre o Rendimento Singular (IRS) seria uma medida “negativa”, numa altura em que se começa a assistir a “alguma recuperação da economia”.
O acordo hoje assinado vigorará por um ano, podendo ser prorrogado pelo prazo necessário para assegurar a conclusão das ações de formação profissional.