Segundo Mendes Bota, o “grau de compromisso foi nulo” e “não houve nenhum retorno nem contrapartida para o Algarve”.
“Não há Hospital Central do Algarve, não há Faculdade de Medicina, não houve renovação dos transportes públicos, nem a navegabilidade no rio Guadiana, sem sequer um plano para regular as atividades turísticas”, lamentou o ex-líder do PSD Algarve, recordando que a única promessa cumprida foi a Barragem de Odelouca, mas que implicou a subida de preços da água ao consumidor.
“Foram seis anos de humilhação e de ataque à honorabilidade dos algarvios. Do pão e do circo que José Sócrates prometeu só sobraram as tendas. O pão já nos tiraram”, criticou Bota, acusando Sócrates de ter deixado o Algarve numa crise “tutti sectorial” (golfe, turismo, comércio, pesca, agricultura, pecuária).
As críticas aos socialistas, na conferencia de imprensa do PSD, elevaram-se quando o mandatário do PSD/Algarve, António Rosa Mendes, ex-presidente da “Faro, Capital da Cultura”, acusou o cabeça de lista pelo PS/Algarve, João Soares, de “sibarita” (pessoa dada ao luxo e aos prazeres).
“João Soares, que boceja no Parlamento, encara o Algarve com aquele sentido colonialista típico de certas pessoas de Lisboa”, acusou Rosa Mendes, referindo que a atividade pelo Algarve é “nula”, contrastanto com a “inúmeras atividades” de Mendes Bota.
Os sete primeiros candidatos do PSD à Assembleia da República pelo círculo de Faro são: Mendes Bota, 55 anos, economista, Pedro Roque, 48 anos, professor, Elsa Cordeiro, 42 anos, gerente bancária, Cristóvão Norte, 34 anos, jurista, Carlos Silva e Souca, 54 anos, advogado e agricultor, Maria do Carmo Correia, 30 anos, notária, e Bruno Inácio, 28 anos, técnico superior.