A memória e o legado do falecido padre José da Cunha Duarte, figura incontornável da vida cultural, social e comunitária de São Brás de Alportel, passam a estar para sempre ligados à história da música do concelho, através da Oficina dos Sons do Município, que passa a designar-se “Oficina de Sons Padre José da Cunha Duarte”.

A decisão foi aprovada pelo Executivo Municipal na reunião de ontem, 09 de setembro de 2025, em “justo e merecido tributo a este vulto maior da história da cultura do concelho, pelo seu valoroso contributo para o engrandecimento cultural e social do concelho de São Brás de Alportel e da comunidade são-brasense”.

A autarquia considera que o padre José da Cunha Duarte, falecido a 26 de agosto deste ano aos 85 anos de idade, “deixa um legado de inestimável valor”, lembrando que “na área musical foi o fundador da Escola de Música Paroquial, embrião do Grupo Juvenil de Acordeonistas de São Brás de Alportel, bem como da Associação Cultural São-Brasense, coletividade cuja atividade cultural é de suprema relevância na preservação das tradições culturais, sendo responsável pela Escola de Música que é hoje uma referência na região”.

“Homem de visão, a sua ação estendeu-se a múltiplas áreas da vida social e cultural do concelho. Recorda-se o seu papel determinante na criação de estruturas que viriam a marcar a história local, como o Museu do Traje e a Casa da Cultura António Bentes, um espaço de referência na preservação e valorização do património etnográfico algarvio e da museografia comunitária, que tem merecido os mais elevados reconhecimentos a nível nacional”, acrescenta o município.

A Oficina de Sons, inaugurada em 2012 e sede da Banda Filarmónica de São Brás, é hoje um espaço central na vida cultural do concelho, onde se cruzam gerações em torno da música e onde têm lugar projetos educativos e interculturais que envolvem escolas, famílias e comunidades.

A propósito da atribuição do nome do padre Cunha à Oficina dos Sons, o Município explica que “a par da atribuição de designações toponímicas às ruas e espaços em que vivemos, também a atribuição de nomes de patronos aos equipamentos públicos ao dispor da comunidade procura eternizar a Memória, render justa homenagem ao passado e levar para o futuro o legado da História, que é pertença de todos”.