Os membros da Junta Regional e do Conselho Fiscal e Jurisdicional do Algarve do Corpo Nacional de Escutas (CNE), eleitos para o triénio de 2016/2019 no passado dia 8 de maio, tomaram posse no passado domingo em Loulé, no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, popularmente evocada como Mãe Soberana.
Após a celebração da eucaristia, na qual o bispo do Algarve administrou o sacramento do crisma a 24 jovens e 17 adultos, seguiu-se a cerimónia de tomada de posse na ermida daquele santuário.
O ato eleitoral que elegeu os novos órgãos da única lista candidata foi participado por 221 dos 465 eleitores inscritos, o equivalente a 47,53%, registando-se a abstenção em 52,48% (244 eleitores). Dos votantes foram contabilizados 175 votos ‘sim’ (79%) e 28 ‘não’ (12,67%), 11 brancos (5%) e sete nulos (3%).
Para a Junta Regional do Algarve foi reeleito José João Cercas Vicente como chefe regional e eleita Margareta Silva como chefe regional-adjunta, Sílvia Domingos como secretária regional de Recursos Adultos, Elsa Vieira como secretária regional administrativa e de gestão, Manuela Sardo como secretária regional pedagógica da I secção, reeleito Luís Cabrita como secretário regional pedagógico da II secção, Rita Pascoal como secretária regional pedagógica da III secção e Tiago Silva como secretário regional pedagógico da IV secção.
Para o Conselho Fiscal e Jurisdicional do Algarve foi eleito José Manuel Costa como presidente, Vitor Martins como vice-presidente e João Vasco Reys como secretário.
O bispo do Algarve dirigiu uma “palavra de apreço” àqueles que terminaram no domingo as suas funções na Junta Regional e no Conselho Fiscal e Jurisdicional anteriores. “Foi muito bom ter trabalhado convosco, ter aprendido convosco, apreciar o modo como servistes este Algarve e tantos adolescentes e jovens. A vossa dedicação e o vosso empenho foi para mim também um estímulo como bispo diocesano”, afirmou.
D. Manuel Quintas dirigiu uma “palavra de congratulação” àqueles que agora iniciaram funções. “Desejo-vos muitas felicidades. Podeis contar comigo para aquilo que julgardes necessário. É unindo-nos que podemos continuar a servir melhor aqueles que fazem parte do CNE”, afirmou, lembrando que aquele serviço “não é fácil”. “Exige muito de vós, mas também dá como retribuição muita alegria”, sustentou.
O chefe regional agradeceu aos agrupamentos e aos elementos da Junta Regional cessante pelo trabalho realizado nos últimos seis anos.
O chefe José Cercas Vicente adiantou que neste mandato a Junta Regional irá “promover o debate e partilha de ideias numa perspetiva de caminho rumo ao futuro”. “Apresentamo-nos à região como «raízes», a imagem que escolhemos para o nosso projeto, reflete o nosso objetivo. As 13 raízes representam os concelhos onde o CNE está presente no Algarve. A variação de cada raiz representa o número de agrupamentos que cada concelho tem. As sete camadas de terra representam as sete maravilhas do método que nos alimenta. Os nove ramos representam os elementos da Junta mais o assistente que se propõem a ser a base e apoio para os «frutos» e «folhas» saudáveis que representam o escutismo de excelência da região”, explicou.
Aquele dirigente acrescentou que o lema da Junta é “Semear o futuro da Região, Construir uma região de futuro” e que o primeiro ano – 2016/2017 – do plano trienal será dedicado a “preparar o terreno”. O segundo ano de 2017/2018 será tempo de “agir”, ou seja, “lançar as sementes, deixar crescer e tomar decisões concertadas rumo ao futuro” e o terceiro ano de 2018/2019 terá como objetivo “desafiar”, isto é, “colher os frutos”.
Em declarações ao Folha do Domingo, o chefe José Cercas Vicente explicou que o objetivo é dar continuidade ao projeto da anterior para prosseguir na aplicação do novo programa educativo e do novo sistema de progresso. Entre outros objetivos, a nova Junta Regional visa a fundação de agrupamentos nos três concelhos do Algarve onde ainda não existem. O chefe regional adiantou também que a abertura de um agrupamento nas paróquias de Santa Catarina da Fonte do Bispo e de Nossa Senhora do Amparo são objetivos, assim como a reabertura do Agrupamento de Aljezur.
No final da cerimónia, na qual esteve também presente o chefe nacional do CNE, Norberto Correia, e o chefe da Junta Regional de Lisboa, João Carvalhosa, e o assistente da região do Algarve, o padre Nelson Rodrigues, foram ainda condecorados alguns dirigentes que têm trabalhado no CNE, incluindo alguns que, nos últimos anos, estiveram na Junta Regional.
Atualmente, o movimento escutista conta com mais de 30 milhões de elementos no ativo, dispersos por 216 países do mundo. O CNE foi fundado no dia 27 de maio de 1923, por ação de D. Manuel Vieira de Matos, arcebispo de Braga, e está atualmente presente em todas as dioceses de Portugal, registando um efetivo de 73.000 associados (59.000 crianças e jovens e 14.000 adultos), sendo que no Algarve são cerca de 2.200 pertencentes a 33 agrupamentos.