Os novos órgãos regionais do Algarve do Corpo Nacional de Escutas (CNE), eleitos no passado dia 10 de dezembro para o triénio 2023-2025, tomaram posse ontem à noite, 4 de janeiro, numa cerimónia que teve lugar em Faro, no Seminário de São José.
Após a oração inicial com a bênção dos distintivos, presidida pelo bispo do Algarve, ocorreu a intervenção do coordenador regional do CNE. Luís Cabrita, também chefe regional cessante, agradeceu a todos pela dedicação ao movimento e, de modo particular ao chefe Luís Lidington, pela colaboração prestada no período de coordenação do movimento. “Quero desejar, quer ao Conselho Fiscal, quer à Junta Regional um bom sucesso no trabalho e muita dedicação. Estou cá para trabalhar convosco naquilo que acharem que é necessário”, afirmou Luís Cabrita.
Seguiu-se o compromisso de honra e assinatura do auto de posse pelos membros eleitos para os órgãos regionais, pelo bispo do Algarve e pelos dirigentes nacionais presentes. Estiveram presentes o secretário nacional para o Ambiente e Sustentabilidade, em representação da Junta Central do CNE, e o vice-presidente do Conselho Fiscal e Jurisdicional Nacional.
Começaram por tomar posse para o Conselho Fiscal e Jurisdicional, Cláudio Oliveira como presidente, Vitor Martins como vice-presidente e José Costa como secretário. Para a Junta Regional tomaram posse o chefe regional João Ramalho e o chefe regional adjunto Luís Santos, Luís Balacumba como secretário regional para a Gestão; Tiago Silva como secretário regional de Adultos; Jorge Barbosa e Patrícia Mendes como secretários regionais pedagógicos; Rosa Batista como secretária regional para o Plano e Ação; e Alexandre Carvalheiro como secretário regional para a Comunicação e Imagem.
O presidente do Conselho Fiscal e Jurisdicional do Algarve agradeceu a todos os que cessaram funções recentemente por “todo o trabalho e dedicação que tiveram para com o CNE do Algarve nestes últimos anos”. Cláudio Oliveira quis dar os parabéns a todos os que tomaram posse e a todos desejou “um bom trabalho”. “Trabalharemos em colaboração com todos e esperamos também a melhor colaboração de todos na prossecução das nossas funções”, rematou.
Já o novo chefe regional disse ser “uma enorme honra e um enorme privilégio” assumir a “missão” confiada. “Tudo faremos para sermos merecedores desta confiança que em nós depositaram e que, com humildade e espírito de serviço, faremos o nosso melhor para conduzir da melhor forma a nossa região”, afirmou João Ramalho, acrescentando: “estamos todos cientes da enorme responsabilidade que este desafio acarreta, mas, com amizade e dedicação, acreditamos que esta equipa tem todas as capacidades para, de forma responsável, levar a bom porto esta missão que nos é confiada”.
Aquele dirigente disse que só “com verdadeiro espírito de patrulha e com a ajuda de todos” será possível ultrapassar “adversidades e obstáculos”. “Que todos juntos nos possamos superar mais, superando as nossas diferenças, aquilo que nos possa separar, para que todos juntos possamos fazer mais e melhor escutismo na nossa região”, prosseguiu, apelando a “uma região mais forte, mais unida, com identidade própria e que se preocupa consigo no verdadeiro sentido de corpo”.
Ao bispo do Algarve deixou a garantia de que “os seus escuteiros serão sempre parte ativa” da Igreja diocesana, “vivendo em comunhão com a mesma, afirmando a sua identidade como escuteiros católicos portugueses”. João Ramalho assegurou ainda que a Junta Central do CNE “pode contar com a região do Algarve” e afirmou o envolvimento da mesma nas comemorações do centenário do movimento que decorrerá este ano. “Não vamos querer apenas celebrar. Vamos querer mais do que isso, queremos que, com base no passado e a experiência do presente, possamos todos juntos começar a escrever as primeiras páginas do futuro da região do Algarve e do CNE”, destacou.
Aos restantes dirigentes algarvios agradeceu pelo “serviço e trabalho em prol do CNE”, bem como aos que agora cessaram funções. “Tudo faremos para ter, cada vez mais, dirigentes capacitados, motivados e reconhecidos, para assim encherem de grado de um melhor escutismo para as nossas crianças.
Já o vice-presidente do Conselho Fiscal e Jurisdicional Nacional realçou que “a tomada de posse dos elementos que compõem os novos órgãos a região do Algarve acontece num momento de viragem e inaugura um novo ciclo” depois da pandemia. “É possível agora retomarmos as nossas atividades em pleno”, afirmou António Ventinhas, acrescentando que naquele movimento “a maior recompensa é fazer felizes os jovens”. “Unidos neste ideal devemos todos apoiar quem inicia hoje funções e ultrapassar eventuais divergências e escolhos que possam surgir”, considerou.
Por sua vez, o representante da Junta Central garantiu ao bispo do Algarve que “o CNE está com a Igreja”. “Conte sempre connosco para todo o trabalho que temos pela frente”, começou por referir José Rodrigues. O secretário nacional para o Ambiente e Sustentabilidade dirigiu ainda “uma palavra de apreço” ao anterior chefe regional e restante equipa que cessou funções “pelo trabalho desenvolvido num período também muito desafiante e muito difícil”.
“Que os nossos jovens no Algarve sintam a força, a vitalidade e a capacidade do CNE para os fazer crescer, sentirem-se úteis na sociedade e serem capazes de ser cidadãos diferentes no futuro. Esse é o vosso desafio e o vosso trabalho. Contém com a Junta Central no trabalho que fazemos para vos apoiar e disponibilizar tudo o que for necessário para ajudar a vossa missão”, acrescentou aos empossados.
José Rodrigues lembrou que 2023 é “um ano de desafios muito particulares” para a associação, desde logo pela celebração do centenário. “Espero que a região do Algarve esteja comprometida e envolvida nesta celebração tão única, uma oportunidade tão grande de podermos celebrar a nossa associação”, afirmou, lembrando também a Jornada Mundial da Juventude deste ano em Lisboa. “Conto ver muitos dos jovens e dos dirigentes do Algarve comprometidos a auxiliar para que a JMJ seja um sucesso”, afirmou, lembrando que “a ajuda de todos vai ser necessária”.
Por fim, o bispo do Algarve deixou também o seu agradecimento àqueles que cessaram e aos que iniciaram funções. “Não foi fácil ser chefe regional durante a pandemia, ser coordenador regional durante a pandemia. Os meus e os nossos agradecimentos exprimem um sentimento que não é apenas meu, mas penso que é de todos. A quem foi hoje empossado, os meus parabéns. Sei que o bispo pode contar com o CNE como sempre tem contado, mas vós podeis também continuar a contar com o bispo. Sinto muito orgulho no CNE do Algarve, nos diferentes agrupamentos”, afirmou D. Manuel Quintas.
Aquele responsável considerou que o facto de o movimento continuar a reunir “tantos jovens” um “sinal de que é perfeitamente atual nos seus princípios inspiradores, nas propostas que faz” e que “ajuda a crescer integralmente”. “Isso é um bem inestimável que o CNE presta à sociedade em geral e não apenas à diocese”, afirmou, exortando à união depois da pandemia para “levar este movimento para a frente”. Ao bispo do Algarve caberá agora a nomeação de um assistente regional.
A cerimónia da tomada de posse, que contou com representações da grande maioria dos 34 agrupamentos algarvios, contou ainda com a presença do diretor regional do Instituto Português do Desporto e Juventude, Custódio Moreno, e da comissária regional adjunta da Associação Guias de Portugal no Algarve, Marta Guerreiro.