Num jogo que ficou marcado por vários casos dentro e fora do relvado, o Olhanense demonstrou, desde bastante cedo, a intenção de lutar pelos três pontos. Aos 9 minutos, Carlos Fernandes inaugurou o marcador, após livre marcado por Rui Duarte. Minutos depois, os ânimos aqueceram nas bancadas, várias cadeiras foram arrancadas e arremessadas.

Dentro de campo, o Olhanense voltava a assustar Quim através de um forte remate de Castro. Enquanto continuavam os desacatos nas bancadas, dentro das quatro linhas, o jogo também se tornou mais feio com as agressões entre jogadores e que deram origem à expulsão de Djalmir, do Olhanense. Aos 29 minutos, aproveitando da melhor forma a vantagem numérica, o Benfica chegou à igualdade através de Saviola. Podíamos estar a assistir ao início de uma nova vitória fácil do clube da Luz mas, cinco minutos depois, o Olhanense colocou-se, novamente, em vantagem, por intermédio de Toy, após novo livre batido por Rui Duarte. Antes do intervalo, ainda houve tempo para uma grande defesa de Ventura a remate de Saviola e a uma expulsão, desta vez para um jogador do Benfica, Di Maria.

Na segunda parte, a emoção ficou guardada para os últimos minutos. O Benfica instalou-se no meio-campo do Olhanense mas não conseguia criar ocasiões de golo. Foi já depois de ter lançado dois avançados, Weldon aos 60’ e Nuno Gomes aos 81’, que o Benfica chegou ao empate no prolongamento. Nuno Gomes, com poucos minutos em campo, garantiu um ponto para a equipa de Jorge Jesus. Nesta altura, o Olhanense jogava com nove jogadores após expulsão de Miguel Garcia. No entanto, a última e flagrante ocasião de golo coube à equipa de Olhão mas, Tengarrinha, só com o guarda-redes Quim pela frente, desequilibrou-se e rematou ao lado.

Esquecendo os casos do jogo, ficaram os golos e a ideia de que a equipa algarvia pode fazer bem melhor no campeonato. Quanto ao Benfica, suou para conquistar um ponto, que lhe permite receber o F.C. Porto em vantagem na classificação.