Foto © Samuel Mendonça
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O padre Nelson Rodrigues, nomeado vigário paroquial da paróquia da Sé de Faro pelo bispo do Algarve, foi apresentado no passado sábado.

Após as leituras do decreto e da provisão da nomeação, o cónego José Pedro Martins, pároco daquela comunidade paroquial lembrou o “dia de especial significado” para a paróquia, para o nomeado e si próprio. “Para a Sé de Faro porque se vê enriquecida com a presença de mais um sacerdote no seu seio, para ajudá-la a seguir por diante na missão que lhe cabe de viver e testemunhar o reino de Deus. Para ti próprio porque inicias a primeira missão canónica que a Igreja te confia após a tua recente ordenação presbiteral. Para mim também porque, perfazendo este ano seis anos da minha nomeação para pároco desta paróquia e sentindo que quanto mais a idade avança mais se anseia pela complementaridade enriquecedora de juventude sacerdotal, anima-me e faz-me agradecer ao Senhor, no dom da tua presença, como Ele tem sido bom para comigo e para com esta comunidade cristã”, referiu.

Foto © Samuel Mendonça
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“[Deus] Gratificou-nos com o padre Pedro Manuel e continua a cuidar das suas ovelhas com a graça de mais um outro promissor sacerdote na tua pessoa. Posso sublinhar promissor porque também nestes seis anos a minha vida cruzou-se com a tua no âmbito da tua formação teológica e do meu encargo de teu reitor e agora também aí, neste encargo, o Senhor nos junta para te associar à bonita missão de levarmos por diante o gratificante projeto do despertar, acompanhar e ajudar a formar os sacerdotes do amanhã para esta nossa amada Igreja do Algarve”, afirmou o cónego José Pedro Martins ao padre Nelson Rodrigues que também foi nomeado prefeito do Seminário algarvio e coordenador do Pré-seminário, substituindo o padre Pedro Manuel, e ainda assistente regional do Corpo Nacional de Escutas (CNE), substituindo o padre António de Freitas, missão esta que disse abraçar com “enorme felicidade” por ser ele próprio um “fruto” do movimento escutista, o qual integrou desde a infância.

“Diante de nós temos uma grande missão. Sei que esta comunidade te vai acolher como esperançoso enviado do Senhor e sei que as excelentes qualidades com que o mesmo Senhor te adornou vão ser um bem precioso no exercício do teu sacerdócio para a Sé, para o Seminário, para o Pré-seminário e para o CNE. Para esta missão aceita e conta com tudo o que de bom conheces em mim, ajuda-me a melhorar o que haja de menos bom e vamos por diante, irmanados em espírito de missão e de partilha de vida, cumprir a Igreja através do exercício do nosso ministério e em comunhão com todos aqueles com os quais as nossas vidas se irão cruzar”, prosseguiu o pároco da Sé que entregou simbolicamente as chaves da catedral ao vigário paroquial que veio substituir o padre Pedro Manuel na equipa sacerdotal daquela paróquia.

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No final da celebração, o padre Nelson Rodrigues, de 26 anos, clarificou a primeira missão que a Igreja lhe confiou. “Porque fui nomeado vigário, não venho para ser pastor e guia desta comunidade. Como vigário paroquial venho para estar totalmente ao vosso serviço em estreita colaboração com o vosso, e agora também meu, pastor: o senhor cónego José Pedro Martins”, afirmou, pedindo o apoio dos paroquianos. “Sou um jovem sacerdote e os efeitos daquele «milagre» que foi a minha ordenação presbiteral ainda se vão, pouco a pouco, manifestando. Estou a aprender a ser padre. Quero continuar a aprender a ser padre, agora com cada um de vós”, desejou.

“Chego agora a esta paróquia. Acolhei-me com amizade e permiti que seja vosso padre a partir de hoje. Não preferimos paróquias. Não preferimos padres. A nossa única preferência é Jesus Cristo. Deste-me as chaves da igreja, eu dou-vos o coração. Vamos trabalhar”, acrescentou.

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O padre Nelson Rodrigues, que evocou ainda a oração pelos padres Pedro Manuel e António de Freitas, veio das paróquias de Loulé, as quais disse terem constituído não apenas uma “oportunidade para realizar o previsto estágio pastoral”, mas para “crescer em todas as dimensões” da sua vida. “Sei que o mesmo será possível fazer aqui nesta paróquia”, completou, lembrando a sua primeira passagem por aquela comunidade farense. “Não vos é estranho que sou um filho desta terra. É para mim por isso uma alegria receber a minha primeira nomeação, como farense, para esta paróquia com a qual colaborei já entre os anos 2005 e 2007 ainda como seminarista”. Aos paroquianos comprometeu-se a “harmonizar o melhor que puder” a função de vigário paroquial com as restantes para que foi nomeado.

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Na equipa formadora do Seminário disse querer colaborar para “uma justa formação e para o necessário acompanhamento” dos futuros sacerdotes. Como coordenador do Pré-seminário desejou “poder estar à altura de retribuir” com este trabalho o que outros padres há 10 anos atrás fizeram consigo “com total doação e amizade”.