Carla Castelo, outra encarregada de educação presente na manifestação desta manhã, alerta, por seu turno, que o número de professores na APPC diminuiu nos últimos anos de cinco para três, enquanto o número de crianças em lista de espera tem aumentado.
“Qualquer dia não há ninguém e mandam-nos a nós cuidar deles em casa”, sustenta Carla Castelo, com um filho de 12 anos, com paralisia cerebral.
Durante os protestos, os pais e familiares de crianças que frequentam a APPC conseguiram reunir-se com o responsável pela DREA, Luís Correia, para contestar a possível saída de três professoras daquela insituição e que são abrangidas pelo regime de mobilidade da função pública.
Em declarações à agência Lusa, o diretor regional de Educação do Algarve disse que a situação “vai ser exposta à tutela”.
“Recebi hoje alguns pais e tenho o maior apreço e consideração por eles. Por isso, a questão foi hoje remetida para Lisboa, bem como uma carta redigida e assinada pelos encarregados de educação. Espera-se que seja tratada com a maior sensibilidade”, disse Luís Correia.
APPC, que iniciou a atividade no Algarve em novembro de 1982, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, que surgiu da conjugação de esforços de um conjunto de pais e técnicos, para dar resposta aos vários problemas relacionados com a paralisia cerebral na região.