A equipa da Diocese do Algarve que tem a seu cargo a Pastoral do Turismo participou, nos dias 10 e 11 de janeiro, nas primeiras Jornadas Nacionais de Pastoral do Turismo, que tiveram lugar no Santuário de Fátima.
«Demos a conhecer o trabalho desenvolvido por nós, desde 2012, altura em que fomos nomeados pelo Bispo do Algarve e nos apresentámos publicamente», explicou o padre Miguel Neto, coordenador deste grupo de trabalho. «De lá até agora, muita coisa tem acontecido», conta o sacerdote algarvio. «Entre outras coisas, criámos um site, uma página de facebook, que atualizamos com informação sobre eventos e sobre o património da região; preparámos vários outros suportes comunicacionais, nomeadamente brochuras, que em breve estarão disponíveis e temos mantido um contato estreito, quer com turistas que nos procuram, quer com todos os que podem ter e têm um papel decisivo nas questões relacionadas com o turismo, como a ERTA, a UAlg, o Aeroporto de Faro, os hoteleiros e agentes turísticos, procurando aferir caminhos e estratégias a seguir», refere o responsável pela equipa da Diocese.
«O Governo de Portugal considera o Turismo Religioso como uma das grandes apostas nesta área, como ficou patente no Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) e como salientou o Secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, presente nestas Jornadas», salienta Miguel Neto e acrescenta: «A Igreja portuguesa e nomeadamente a Igreja algarvia também perceberam esta necessidade de se afirmarem neste âmbito e, por essa razão, a primeira equipa diocesana da Pastoral do Turismo a ser criada no nosso país foi a do Algarve». Aliás, o caso algarvio, bem como o da Diocese de Bragança-Miranda e o da Diocese de Tenerife (Espanha) foram apresentados como exemplos de boas práticas durante as Jornadas Nacionais, já que estas duas dioceses são, no momento, as únicas em Portugal, com secretariados organizados e exclusivamente a trabalhar nas questões relacionadas com o turismo.
Quase todos os membros da equipa estiveram presentes em Fátima, onde fizeram uma comunicação sobre o trabalho promovido na diocese e asseguraram outros apoios à organização do evento (secretariado, criação de materiais promocionais do evento, entre outras tarefas).
«Procurámos, na comunicação que apresentámos, mostrar a reflexão que foi feita como preparação deste trabalho que agora estamos a desenvolver e que nos possibilitou a definição de uma identidade própria, já que o Algarve tem características muito específicas no que concerne ao turismo religioso», explicou Luis Santos, membro da equipa. «Na verdade, não temos peregrinações ou fenómenos que possamos enquadrar verdadeiramente na categoria de turismo religioso, mas temos um património vastíssimo e de grande qualidade e acolhemos muitos turistas que procuram, no seu tempo de descanso, um encontro com Deus», acrescenta e conclui: «Acolher e dar a conhecer esse património é, pois, a nossa principal missão e todo nosso projeto procura investir nesse esforço».
Miguel Neto também apelou a todas as paróquias/comunidades algarvias, pois este acolhimento é fundamental e «implica trabalhar, tal como ficou claro nestas jornadas, no sentido de garantir que os templos possam estar abertos, interpretados e sejam um espaço onde, mais do que apenas olhar para as pedras ou para as obras de arte, se possa compreender que todos esses elementos falam de Deus».
Recordamos que este evento foi organizado pela Obra Nacional da Pastoral do Turismo (ONPT), organismo dependente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana (CEPSMH). A Diocese do Algarve tem um representante neste órgão, o padre Miguel neto, que é tesoureiro da ONPT.