Eleito nas listas do Partido Socialista, Adelino Soares cumpre o seu primeiro mandato no concelho de Vila do Bispo, depois de ter conquistado a câmara ao PSD nas eleições autárquicas em 2009.
“É um concelho com poucas receitas, onde a autarquia tem poucos recursos financeiros para grandes obras, nomeadamente no aproveitamento das frentes de mar”, observou o autarca.
Para sustentar a falta de investimento e o esquecimento a que o concelho “tem sido votado”, Adelino Soares recorda que a Via Infante de Sagres “começa em Vila Real de Santo António e acaba em Lagos”.
“É lamentável que a via rápida não chegue até Sagres, o que é altamente penalizador para estes territórios”, destacou.
Adelino Soares considera que a intervenção na EN125 (estrada nacional) “melhorará” a rede viária e os acessos àquele concelho, mas é mais um exemplo da falta de investimento e de atenção para com a região. “Este é um dos exemplos que é altamente penalizador para estes territórios periféricos”, enfatizou.
O autarca recorda que o concelho de Vila do Bispo, integrado no Parque Natural da Costa Vicentina, devido ao seu relevo natural “é um território com grande potencial económico e turístico, detentor de uma das zonas mais procuradas pelos turistas”.
“Temos recursos que nos permitem olhar com otimismo para o futuro do concelho, mas infelizmente, localmente, não temos capacidade de investir no desenvolvimento deste concelho”, lamentou.
“Sagres, é sem dúvida, um ponto de passagem obrigatório de quem visita o Algarve e devido à sua história deveria ser alvo de uma atenção e preocupações maiores dos Governos”, observou Adelino Soares, referindo que “O último grande investimento de que há registo remonta à década de 60”.
O presidente da Câmara de Vila do Bispo acredita que o Programa Polis da Costa Vicentina e Sudoeste Alentejano, que prevê intervenções de requalificação territorial de cerca de oito milhões de euros até 2013, “possa ser o primeiro passo para outros investimentos que impulsionem” a economia do concelho.
“São intervenções ao nível da recuperação das frentes de mar, que podem criar uma outra imagem deste território e do porto de pesca da Baleeira, uma estrutura que neste momento está completamente desvalorizada”, concluiu.