O presidente da Federação do PS do Algarve, António Eusébio, anunciou o seu apoio a António Costa nas eleições primárias do partido, que disse estar a viver num “clima de instabilidade” devido ao calendário definido pela atual direção.
“Atendendo à situação que o país atravessa, achei que prolongar as primárias até 28 de setembro, fazer coincidir a realização dos congressos federativos com as mesmas datas que as primárias e permitir que este clima de instabilidade se mantenha e se arraste no seio do PS por mais três meses é uma situação muito preocupante”, afirmou António Eusébio em declarações à Agência Lusa.
O presidente da Federação do PS disse que, em face da atual situação do partido, achou “por bem declarar o apoio a António Costa”, na qualidade de militante de base da concelhia de São Brás de Alportel e presidente da Federação socialista do Algarve.
“Enquanto presidente da Federação, faço votos para que a situação se resolva dentro da maior celeridade e com toda a calma”, desejou António Eusébio, advertindo que “este clima dentro do PS não se pode arrastar por mais três meses” e “a direção nacional deve resolver quanto antes toda esta instabilidade que existe” no seio do partido.
Questionado sobre se considera haver ainda margem para o secretário-geral do PS, António José Seguro, e a sua direção alterarem a posição e anteciparem as primárias, António Eusébio respondeu que não.
“Penso que não, por isso mesmo achei por bem tomar esta posição pública, porque não me revejo nestas soluções apontadas pela direção nacional”, justificou.
António Eusébio considerou que António Costa “reúne as melhores condições para tornar o PS mais forte, liderar a urgente mudança política a promover no país e reencontrar o PS com a maioria dos cidadãos que ambicionam um país mais solidário e mais justo”.
“Como presidente de Federação Regional do Algarve do Partido Socialista, e dando voz ao muito que me tem chegado pelos militantes e pela população em geral, entendo que esta clarificação deveria ser efetuada com a maior brevidade possível. O país e a região precisam e querem um PS forte e coeso. De qualquer forma, faço votos para que este processo decorra com a maior sobriedade e respeito pelos valores da democracia”, acrescentou.