A Diocese do Algarve celebra hoje, 20 de fevereiro, 25 anos da ordenação dos seus primeiros diáconos permanentes.
Foi no Ano Jubilar de 2000 que, a 20 de fevereiro, D. Manuel Madureira Dias, então bispo do Algarve (atual bispo emérito), ordenou na igreja de São Luís de Faro sete homens casados no primeiro grau do sacramento da ordem.
A esse grupo seguiu-se a ordenação do diácono Albino Martins em 2012 e em junho de 2019, mais quatro diáconos: António Valério Costa, João Pontes dos Santos, João Chaves dos Santos e Nuno Francisco.
Atualmente, a diocese algarvia conta então com nove diáconos permanentes, uma vez que do primeiro grupo um deixou o ministério e dois já faleceram: o diácono Joaquim Mendes Marques, antigo diretor do Folha do Domingo, em 2015 e Francisco Moreno Alves em 2020. Os quatro do primeiro grupo no exercício do ministério são os diáconos Luís Galante, Manuel Chula, Rogério Egídio e Vítor Sabino.
D. Manuel Madureira escolheu o dia 20 de fevereiro para a ordenação dos primeiros diáconos permanentes para a diocese algarvia por se celebrar nessa data, no contexto do Jubileu do ano 2000, o Dia dos Diáconos Permanentes.
Na homilia da ordenação, o então bispo do Algarve lembrou que “o Diácono exerce uma missão eclesial de grande alcance, no campo profético, no campo litúrgico, e no campo da concretização da caridade da Igreja”. “Há, na Igreja, muitos modos de exercer a diaconia sacramental, sem esquecer o âmbito da própria família e o do trabalho profissional. A nossa Igreja diocesana fica hoje mais rica! Deus a faça resplandecer na virtude de servir e que estes sete homens sejam sinal claro desse serviço. Demos graças ao Senhor por este dom, feito à nossa Igreja do Algarve. A partir de hoje somos uma Igreja na plenitude da sua Hierarquia, constituída pelos três graus da Ordem”, afirmou.
“Juntamente com os membros da vida consagrada e os nossos leigos, vamos todos (Bispo, Presbíteros e Diáconos) construir comunidades de fé e de amor, cada um segundo o dom que recebeu de Deus. Numa Igreja, onde a comunhão fraterna é a meta, todos temos lugar e ninguém retira o lugar a ninguém”, prosseguiu D. Manuel Madureira Dias.
Em 2014, o Conselho Presbiteral da Diocese do Algarve “considerou a necessidade de retomar o caminho de chamamento, formação e ordenação de novos Diáconos Permanentes”.
Na vigília de encerramento do último lausperene diocesano, realizada a 09 de novembro do ano passado, o bispo do Algarve anunciou que a diocese tinha seis novos candidatos ao diaconado permanente e depois disso acrescentou mais um aos aspirantes a diáconos.
D. Manuel Quintas referiu-se na altura ao início de “um caminho de discernimento pessoal” com os candidatos e as suas famílias “com o objetivo de escutar melhor o apelo de Deus e de encontrar capacidade em corresponder e lhe responder”.
O diaconado é o primeiro dos três graus do sacramento da Ordem e a missão do diácono consiste, antes de mais nada, em ficar consagrado para o serviço do altar, para o serviço da caridade e para o serviço da palavra.
“É próprio do diácono, administrar o batismo, guardar e distribuir a Eucaristia, assistir ao Matrimónio e abençoá-lo em nome da Igreja, levar o viático aos moribundos, ler a Sagrada Escritura aos fiéis, administrar sacramentais, instruir e exortar o povo, presidir ao culto e à oração dos fiéis, presidir aos ritos do funeral e sepultura”, explica o pontifical da ordenação dos diáconos, a quem cabe, de modo especial, o serviço da caridade e da administração dos bens da Igreja.
Os diáconos exercem assim uma missão eclesial de grande alcance nos três campos de ação da Igreja – profético, litúrgico e caritativo – e ao diaconado permanente podem ser admitidos homens casados.
No próximo domingo, 23 de fevereiro, a Diocese do Algarve celebra, pelas 17h, o Jubileu dos Diáconos Permanentes com Eucaristia no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, popularmente invocada como «Mãe Soberana».