Miguel Freitas considerou que “a pior coisa que o Estado pode fazer é não dar respostas às pessoas” e defendeu que “o governo tem que esclarecer quando a obra vai avançar, qual o novo programa da obra, qual é o novo valor da obra e se vai dar ou não prioridade ao pavilhão, porque o pior problema é o da Educação Física”.
O parlamentar socialista apontou três situações que considera ser prioritário resolver e que já motivaram as queixas do Conselho Geral da escola, sendo a principal o fim das deslocações dos alunos sem supervisão para terem Educação Física no complexo desportivo da cidade, situado a cerca dois quilómetros da escola.
As outras duas passam pela degradação dos monoblocos (contentores) que servem de salas de aulas provisórias e a falta do refeitório para servir o número de alunos da escola.
“Em dezembro vai ou não vai haver de novo um contrato para manter os monoblocos e vai ou não haver a substituição dos monoblocos, que não têm condições para lecionar, porque há monoblocos onde chove”, questionou o deputado socialista.
Miguel Freitas criticou que os “alunos tenham que se deslocar 15 minutos, dois quilómetros, para fazer educação física no complexo desportivo” e quer saber “por que é que o governo não assegura o transporte destes alunos” enquanto as obras do pavilhão desportivo da escola não são concluídas.
“Há também o problema das refeições: não faz sentido numa escola que tem 845 alunos estar a servir 125 refeições, 25 de cada vez desde, a partir do 12:30 até à 14:00, hora à qual fecha. Há uma proposta para a contratação de um catering, arranjem uma solução e contratem. O que é que estão à espera do quê”, questionou o deputado.
Miguel Freitas dirigiu uma pergunta ao ministro da Educação, Nuno Crato, para ter resposta a estas questões, e junta-se assim aos colegas do PCP, Paulo Sá, e do Bloco de Esquerda, Cecília Honório, todos eleitos pelo círculo de Faro, que na semana passada também questionaram o governo sobre a conclusão das obras na escola secundária de Vila Real de Santo António.
Os deputados apresentaram as perguntar ao executivo depois de visitarem a escola a convite do Conselho Geral, que considera que a “segurança dos alunos está em risco” quando deixam a escola para ter educação física no complexo desportivo e lamenta a falta de resposta da Parque Escolar e do Governo sobre a conclusão dos trabalhos.