Na Missa da Ceia do Senhor a que presidiu esta noite na Sé de Faro, na qual repetiu o gesto de Jesus, lavando os pés a 12 homens, o bispo do Algarve pediu aos cristãos que façam o mesmo, explicando que “lavar os pés significa estar atentos às necessidades dos outros”.

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Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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“É uma recomendação que Jesus faz a todos, mesmo àqueles que ocupam na Igreja ministérios ordenados. Não podemos desligar-nos de maneira nenhuma desta marca indelével que Jesus nos deixou”, considerou D. Manuel Quintas.

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Naquela celebração em que se evoca também a instituição da Eucaristia, o bispo diocesano desafiou os católicos a “fazer da vida uma Eucaristia, um hino de ação de graças ao Senhor e, sobretudo, a fazer da vida um dom partilhado com os irmãos, particularmente com os mais necessitados, com os mais frágeis, com aqueles que, por vezes, não têm fome de pão, mas têm fome de Deus, fome e sede de uma vida com mais sentido, mais verdade e mais autenticidade”.

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“Não basta participar na Eucaristia”, advertiu, acrescentando que a Eucaristia “se complementa na vida, com a caridade fraterna, com gestos fraternos e solidários”. “Participar na Eucaristia desligado da vida e, sobretudo, dos últimos – aqueles para quem Jesus veio – não é uma verdadeira participação. É cumprir um preceito, mas não significa deixar-se envolver por aquilo que a Eucaristia representa: pão partilhado, vida entregue, sobretudo como serviço aos outros”, alertou.

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Por outro lado, aquele responsável católico explicou que a expressão «amou-os até ao fim» alude precisamente “à doação plena de si mesmo”. “É isso que celebramos em cada Eucaristia ao evocarmos o mistério da cruz de Cristo onde ele se entrega, se dá plenamente, totalmente. Esta atitude de Jesus é lição contínua para nós. A cruz é uma faculdade onde aprendemos o verdadeiro sentido da vida vivida como doação, como serviço aos outros”, sustentou, explicando que “dar a vida significa amar até ao fim como Jesus”.

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A Missa Vespertina da Ceia do Senhor introduz na celebração do Tríduo Pascal, considerado o coração do ano litúrgico, o tempo particularmente significativo para toda a Igreja e para cada cristão pela celebração dos mistérios fundamentais da sua fé: a instituição da Eucaristia e do sacerdócio, a paixão, morte e ressurreição de Jesus.

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Como é hábito, no final da celebração o Santíssimo Sacramento foi levado em procissão e colocado em lugar de destaque no interior da catedral para veneração e adoração dos fiéis por só se voltar a celebrar a Eucaristia na Vigília Pascal de Sábado Santo.

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A celebração da tarde de Sexta-feira Santa, centrada na adoração da cruz, nas igrejas com os altares desnudados desde a noite de Quinta-feira Santa, é uma espécie de drama em três atos: proclamação da Palavra de Deus, apresentação e adoração da cruz, comunhão eucarística.

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