O bispo do Algarve anunciou, na sua mensagem para a Quaresma que hoje se inicia, que a renúncia quaresmal deste ano da Igreja algarvia destinar-se-á à paróquia do Príncipe, da Diocese de São Tomé e Príncipe.
“Este ano decidimos acolher o pedido que nos chegou da diocese de S. Tomé e Príncipe, mais concretamente, por indicação do seu Bispo D. Manuel Santos, a Paróquia do Príncipe. A verba recolhida destinar-se-á a apoiar a resposta a diversas carências pastorais e sociais, nomeadamente, a formação escolar, a reconstrução da igreja paroquial (teto a ruir), a conclusão da Casa da Catequese, a formação dos agentes de pastoral…”, escreve D. Manuel Quintas.
“Exorto todos, à semelhança dos anos anteriores, à generosidade nesta partilha fraterna, expressão da nossa comunhão eclesial com esta diocese missionária e esta comunidade paroquial, que pede a nossa ajuda”, pede o bispo diocesano.
“Sempre que partilhamos o que somos e o que temos, unindo-nos a todos os homens e mulheres de boa vontade, contrariamos a inclinação para «construir muros» à nossa volta, bem como a tendência para a acumulação supérflua e o desperdício, e contribuímos para minorar o sofrimento humano, tornando-nos semeadores de esperança”, acrescenta.
A paróquia de Nossa Senhora da Conceição da Ilha do Príncipe é uma das 14 que constituem a diocese são-tomense e está desde 4 de janeiro deste ano entregue ao cuidado pastoral do padre Francisco Melo. A Ilha do Príncipe, com cerca de 7.000 habitantes e 142 quilómetros quadrados, é a segunda maior do arquipélago constituído também pela de São Tomé.
No ano passado, a partilha da diocese algarvia destinou-se às dioceses angolanas de Viana e Luena. D. Manuel Quintas informa que a quantia angariada foi de 20 mil euros, tendo sido aplicada na promoção humana e social, sobretudo no campo da educação com a participação na construção de uma escola. “Eu próprio tive a oportunidade de verificar, pela visita que ali realizei em julho passado, a oportunidade e o acerto desta partilha. Os missionários e as comunidades beneficiadas manifestaram-me o seu reconhecimento à diocese do Algarve”, testemunha.