O presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau (PSD/CDS-PP/MPT/PPM), fez hoje um balanço positivo dos primeiros meses de mandato autárquico, que têm sido sobretudo dedicados a estabelecer contactos e a auscultar os munícipes.
“Temos trabalho muito nestes 100 dias, com muitas entidades e recebendo muitas pessoas”, afirmou, sublinhando que a autarquia tem feito “muitos contactos com investidores”, na tentativa de captar investimento para a cidade, sobretudo nas áreas da hotelaria e do comércio.
No âmbito de um balanço dos 100 dias de mandato, o presidente da autarquia destacou o avanço do parque Ribeirinho de Faro, a aproximação à Universidade do Algarve (UAlg), a poupança na iluminação pública e a descentralização do atendimento aos munícipes como algumas das “marcas” dos seus primeiros meses de governação.
A governar sem maioria absoluta, a coligação “Juntos por Faro” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM) tem o mesmo número de elementos no executivo que o PS (quatro), havendo ainda um vereador da CDU, que pode contribuir para o desempate em questões nas quais a coligação e os socialistas não estejam de acordo.
Questionado sobre o relacionamento com a oposição, Rogério Bacalhau, que no anterior mandato era vice-presidente da autarquia, disse estar recetivo às ideias que a oposição queira apresentar e sublinhou não estar preocupado com a “paternidade” das propostas.
“Aceitamos os contributos de todos os que queiram apresentar propostas, desde que elas sejam positivas para o concelho”, afirmou, sublinhando que o importante não é a “paternidade das propostas”, mas a melhoria da qualidade de vida dos munícipes.
No entanto, em declarações à Lusa, o vereador socialista Paulo Neves acusou a coligação de reagir de forma “fechada” e “conservadora” às propostas que o partido submete ao executivo, observando que suas propostas têm de ser “todas muito negociadas”.
O vereador acusou, ainda, a coligação de falta de iniciativas e de estar muito dependente da vontade do Governo.
Já o vereador da CDU afirmou à agência Lusa não sentir que tenham havido “bloqueios” durante os primeiros meses de mandato, sublinhando que a própria composição do executivo tem contribuído para a construção de um equilíbrio na Câmara de Faro.
“Há uma convergência de todos em não inviabilizar aquilo que possa ser feito para a resolução dos problemas dos munícipes”, observou António Mendonça, sublinhando que a coligação “tem procurado governar de acordo com isso”.