Há paróquias algarvias que vão realizar ações em união com aquele acontecimento

O Papa convocou os bispos de todo o mundo para que se unam a si, esta sexta-feira, no Ato de Consagração ao Imaculado Coração de Maria que pede a paz para o mundo, especialmente para a Rússia e Ucrânia.

Francisco vai consagrar estes dois países ao Imaculado Coração de Maria, em ligação a Fátima, durante uma celebração penitencial a que vai presidir na Basílica de São Pedro, a partir das 17h00 (menos uma em Lisboa).

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) tinha anunciado que se associaria à consagração. “Em profunda comunhão com o Santo Padre, os Bispos portugueses procurarão estar presentes nesta celebração em Fátima”, referiu numa nota enviada à Agência Ecclesia.

O bispo do Algarve será um dos que vai estar presente naquela celebração que decorrerá a partir das 16h00. D. Manuel Quintas seguiu já esta tarde para Fátima, onde amanhã participará no Congresso Internacional evocativo dos 375 anos da Coroação da Imaculada Conceição como Padroeira e Rainha de Portugal que se prolonga até domingo.

O bispo diocesano recomendou aos padres, diáconos e consagrados que a iniciativa do Papa seja acolhida em todas as “realidades diocesanas (comunidades paroquiais, religiosas, movimentos, associações…)” e há paróquias algarvias que vão realizar ações em união com aquele acontecimento. “Estou certo do seu acolhimento, envolvimento e adesão geral pelo ambiente que respiramos, relativamente ao sofrimento do povo ucraniano”, escreveu D. Manuel Quintas em comunicação ao clero e consagrados.

O Papa convocou hoje os bispos de todo o mundo para que se unam a si naquele ato. “Pretendo realizar um Ato solene de Consagração da humanidade, particularmente da Rússia e da Ucrânia, ao Imaculado Coração de Maria. Uma vez que é bom predispor-se para invocar a paz renovados pelo perdão de Deus, tal Ato acontecerá no contexto duma Celebração da Penitência, que terá lugar na Basílica de São Pedro às 17h00, hora de Roma. O Ato de Consagração está previsto para as 18h30”, precisa Francisco numa carta divulgada hoje pelo Vaticano.

A carta aos bispos de todo o mundo refere que “já passou quase um mês do início da guerra na Ucrânia, que está a causar sofrimentos cada dia mais terríveis àquela atormentada população, ameaçando mesmo a paz mundial”.

Francisco indica que o Ato de Consagração responde a “numerosos pedidos do Povo de Deus”, visando “confiar de modo especial a Nossa Senhora as nações em conflito”. “Quer ser um gesto da Igreja universal, que neste momento dramático leva a Deus, através da sua e nossa Mãe, o grito de dor de quantos sofrem e imploram o fim da violência, e confia o futuro da humanidade à Rainha da Paz”, realça.

O Papa diz que a humanidade perdeu o “caminho da paz”. “Esquecemos a lição das tragédias do século passado, o sacrifício de milhões de mortos nas guerras mundiais”, lamenta.

A carta é acompanhada pelo texto da própria oração de consagração, para que todos a possam recitar ao longo desse dia, “em união fraterna”.

O Papa vai rezar para que a humanidade seja preservada da “ameaça nuclear”. “Libertai-nos da guerra, preservai o mundo da ameaça nuclear”, refere o texto da oração de consagração ao Imaculado Coração de Maria, divulgado hoje pelo Vaticano e disponível, online, em 32 línguas, incluindo o russo e ucraniano

O testemunho dos videntes de Fátima regista que, na aparição de 13 de julho de 1917, Nossa Senhora lhes disse: “Para impedir a guerra virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados”.

“Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”, registava Irmã Lúcia, falecida em 2005, nas suas ‘Memórias’.

Na consagração na Cova da Iria, o cardeal Konrad Krajewski, esmoler pontifício, vai presidir à recitação do Rosário, na Capelinha das Aparições, na qualidade de enviado do Papa, com mistérios em russo e ucraniano.

com Agência Ecclesia