O Campo Escutista de Tavira recebeu este fim de semana uma atividade de serviço que visou a construção de mais estruturas naquele terreno situado no perímetro florestal da Mata Nacional da Conceição de Tavira, mais conhecida como Mata de Santa Rita.
Inserida nas comemorações do centenário do Corpo Nacional de Escutas (CNE) que se celebrará em maio de 2023, a segunda edição da ‘servYcet’ – uma atividade destinada aos escuteiros da IVª secção composta por jovens dos 18 aos 22 anos e seus dirigentes – teve como imaginário uma viagem espacial às várias constelações. Cada um dos 41 participantes foi então desafiado a «ser um astronauta» ao longo do fim de semana.
Foi assim proposto às tripulações que vivessem o imaginário da atividade, sendo-lhes atribuídas «constelações» que tinham de alcançar ao longo do fim de semana e descobrir o que lá existia. Durante o sábado, as várias tripulações foram divididas para a realização de serviços ao campo escutista, nomeadamente a construção da arena principal de fogo de conselho, a construção da arena secundária de fogo de conselho, a vedação do lago e a construção de um alpendre para lenha.
O domingo ficou marcado pela visita dos utentes do projeto ‘Lado a Lado’ da Associação Em Contato Tavira que foi convidada a trazer os seus seniores para passar uma manhã naquele espaço com os escuteiros. Os participantes foram então divididos pelas várias tarefas de preparação deste convívio como a confeção do almoço e sobremesas, a elaboração de decorações para o arraial e a criação de animações e recordações para os visitantes. “Este foi sem dúvida um momento especial para os nossos escuteiros e para os seniores da associação, pois desta forma terminaram a sua «viagem entre galáxias» conhecendo os moradores mais antigos das constelações onde aterraram e aprendendo com eles”, realça um comunicado enviado ao Folha do Domingo.
Atualmente, o Campo Escutista de Tavira já recuperou uma área de seis hectares que outrora acolheu os estaleiros de construção do troço da A22 entre Vila Real de Santo António e Tavira, abandonados há 30 anos, em plena área protegida. “O Campo Escutista de Tavira é agora o único reconhecido pelo CNE no Algarve com capacidade para acolher 1100 escuteiros em atividade escutista”, lembra o Agrupamento de Tavira, garantindo que a atividade deste fim de semana ajudou a tornar aquele um espaço “mais acolhedor, seguro e atrativo para todos os escuteiros”.
“Este espaço ganha agora uma nova vida, focada nos mais novos, futuro da nossa sociedade, onde é possível realizar atividades escutistas em segurança para estas crianças e jovens dos 6 aos 22 anos, que aqui poderão aprender a preservar o ambiente e a ser vozes ativas no combate às alterações climáticas”, realça aquele agrupamento escutista.
A atividade contou com a participação de Caminheiros e dirigentes dos Agrupamentos do 98 Faro, 100 Tavira, 173 Lagos, 413 Ferragudo, 598 Armação de Pêra, 714 Albufeira, 1174 Boliqueime, 1200 Quelfes, 1201 Conceição de Faro, 1339 São Bartolomeu de Messines e também da I Companhia de Guias de Tavira.
