Desde algumas décadas para cá, que são muitos os sinais de desmoralização a que a nossa sociedade ocidental chegou.

Por toda parte, incluindo o nosso país campeia a corrupção sempre imune, a violência é uma realidade a invadir os mais variados sectores sociais, os sequestros que não param, o funcionamento da justiça é uma lástima, as leis que os nossos «tribunos» congeminam, aprovam e publicam parecem proteger mais os criminosos do que as vítimas, por isso, muitas delas até merecem o nome de abomináveis.

Os valores estruturais da nossa civilização ocidental e cristã estão a ruir…

A família como instituição fundamental tem vindo a sofrer os ataques mais terríveis, desferidos por forças poderosas que vão minando os seus alicerces, mostrando, contudo, que aparentemente a defendem…

Basta atentarmos no número e na facilidade com que os divórcios se praticam, as uniões de facto que proliferam e sobretudo a aberrante aprovação legislativa que estabelece os pseudo «casamentos» entre pessoas do mesmo sexo.

E que dizer da onda agressiva da imoralidade sexual? A pedofilia, a prostituição de menores são realidades gritantes que se infiltraram nos mais variados estratos da nossa sociedade…

Agora, também podemos afirmar: mas sempre se cometeram grandes pecados. É certo. Mas tinha-se a noção e o sentido do mal e por isso se verificavam também os arrependimentos e as grandes penitências e reparações daqueles mesmos pecados.

Hoje, porém, não só se perdeu o sentido de pecado, como se alterou a consciência moral que distingue o bem do mal, ou até, o que é pior, para muitos, nem sequer o mal moral existe.
As causas deste modo de pensar, de sentir e agir são múltiplas entre as quais podemos enumerar a ignorância, os preconceitos, as paixões, a educação e o ambiente…

Por tudo isto, nuca como hoje a responsabilidade dos cristãos foi tão evidente e necessária para que com as palavras e sobretudo com a força do testemunho possam e devam mostrar os desacertos da nossa sociedade.

Deste modo, provam que a cobardia nunca foi própria dos verdadeiros cristãos, que sempre e em todas as situações, provam que a vivência do Evangelho não se compadece com a aquiescência e passividade perante os desmandos e as aberrações que, embora «legalmente» aprovadas serão sempre moralmente aberrações.

Que Deus nos valha, neste desvairado mundo que parece afundar-se cada vez mais nos labirintos da mais descarada imoralidade.