
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses desafiou na segunda-feira a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) a delinear linhas estratégicas para o futuro da saúde na região que respondam às necessidades da população, disse à Lusa o delegado regional Nuno Manjua.
“O presidente da AMAL disse-nos que ainda ia falar com os presidentes de câmara, mas que, à partida, está em condições de aceitar esse desafio e de ter o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses como parceiro no sentido de pensarmos num plano estratégico de saúde que seja praticável”, acrescentou o sindicalista.
A reunião com a AMAL foi marcada pelo sindicato com o objetivo de expor os problemas mais prementes dos serviços de saúde públicos do distrito de Faro, sendo a falta de profissionais e de material as situações mais prementes.
“A questão da saúde une indiscutivelmente todos os autarcas independentemente das cores políticas”, observou Nuno Manjua, acrescentando que os autarcas questionaram os enfermeiros sobre a situação dos serviços de urgência básica, o reforço de enfermeiros para o verão, as unidades de saúde familiar e os cuidados paliativos.
No final da reunião, realizada no Dia Internacional do Enfermeiro, os enfermeiros saíram com a promessa de que a AMAL vai tentar perceber qual o contributo que pode responder aos problemas expostos pelos representantes dos enfermeiros.
À Lusa, Nuno Manjua afirmou que o sindicato pretende levar para a agenda política o debate sobre a questão da saúde no Algarve, com particular ênfase na questão da admissão de enfermeiros na região.
Nesse sentido, o sindicato mostra-se disponível para criar parcerias com a AMAL, associações de profissionais de saúde e de utentes, entre outras entidades, e fazer uma intervenção institucional junto do Ministério da Saúde ou numa sessão parlamentar dedicada à saúde.