Foto © Samuel Mendonça

O Sindicato dos Enfermeiros exigiu ontem ao Ministério das Finanças que “autorize rapidamente” a contratação de enfermeiros para o hospital de Faro, considerando inaceitável que não tenham sido autorizados mais profissionais ao abrigo dos planos da contingência da gripe.

“O SEP exige que o Ministério das Finanças autorize rapidamente o número de contratos já propostos e espera que o conselho de administração proponha um plano de admissão ao Ministério da Saúde de mais 308 enfermeiros”, indicou o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) em comunicado.

Para o sindicato, é “inaceitável que não tenham sido autorizados enfermeiros para fazer face ao aumento da afluência de doentes” ao hospital de Faro, ao abrigo dos planos da contingência da gripe, obrigando à mobilidade interna de enfermeiros e colocando em causa o regular funcionamento dos restantes serviços.

A posição do sindicato foi tomada após uma reunião realizada ontem de manhã com os enfermeiros da urgência do hospital de Faro, para analisar as causas que estão na base das dificuldades sentidas naquele serviço e para discutir soluções a apresentar ao conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA).

A estrutura sindical acrescentou que do encontro saiu também a possibilidade de envolver todos os parceiros, incluindo as autarquias, “num debate para que possam ser decididas respostas integradas”.

“O SEP, como sempre, continuará a estar na linha da frente da denúncia pública desta e de todas as situações que interfiram com a dignidade dos profissionais de enfermagem, com a defesa dos doentes e do Serviço Nacional de Saúde”, lê-se no documento.

O sindicato recordou que em novembro de 2017 a administração do CHUA considerou adequada a proposta do SEP de aumentar o mapa de pessoal para 1.800 enfermeiros, tendo no final do ano passado sido solicitada a contratação de 96 destes profissionais.

O processo está a aguardar autorização do Ministério das Finanças.

Para fazer face à carência de enfermeiros no hospital de Faro, estão também a ser solicitados contratos de substituição para licenças/ausências de longa duração, “procedimento que não estava a ser realizado”, acrescentou o sindicato.