Depois da perda do principal patrocinador dos últimos anos – a que se juntaram, desportivamente, as saídas de David Blanco e, por enquanto, Cândido Barbosa –, a formação algarvia foi obrigada a uma “significativa redução de orçamento”, que para 2011 está estimado em 350 mil euros.

“Iniciamos um novo ano com dificuldades, mas com naturais ambições, face às últimas três vitórias na Volta a Portugal (Blanco ganhou em 2008, 2009 e 2010). Apesar do cenário económico adverso, abordamos a época com otimismo”, disse o presidente do Clube de Ciclismo de Tavira, Jorge Corvo, durante a apresentação da equipa, que está na estrada há 32 anos consecutivos.

O dirigente louvou os corredores que decidiram ficar em Tavira “em condições mais desfavoráveis” e revelou que continua à procura de um patrocinador principal, para melhorar essas condições e permitir o regresso de Cândido Barbosa, “que já mostrou vontade de voltar a ser corredor”.

O diretor desportivo, Vidal Fitas, recordou, de forma emocionada, o fundador do clube, o já falecido Brito da Mana, para salientar o facto de 10 dos 11 corredores do plantel – André Cardoso é a exceção – terem passado pela equipa de sub-23 tavirense.

“O seu sonho era construir uma equipa do Algarve e hoje, onde quer que esteja, estará orgulhoso do que aqui está. Gostaria de ter aqui as referências que tivemos nos anos recentes, mas esta equipa tem potencialidades para ganhar novamente a Volta a Portugal e muitas outras provas”, sublinhou.

André Cardoso, Ricardo Mestre, David Livramento, Samuel Caldeira, Luís Silva, Nélson Vitorino, Daniel Mestre, Henrique Casimiro, Tomas Metcalfe são os nove ciclistas que se mantêm na equipa algarvia, cujos reforços são dois jovens da extinta equipa de sub-23, Diogo Nunes e João Pereira.

“Face a um calendário nacional curto, vamos apostar cada vez mais na internacionalização”, disse Jorge Corvo, cuja equipa tem em agenda oito provas no estrangeiro.

Lusa