
O vigário regional do Opus Dei presidiu no passado dia 25 de abril, na Sé de Faro, a uma missa de ação de graças pela beatificação de D. Álvaro del Portillo, prelado do Opus Dei falecido em 1994.

Monsenhor José Rafael Espírito Santo lembrou que “a Igreja estabeleceu que, no ano a seguir à beatificação dos bem-aventurados, se possa celebrar missa com alguma solenidade, agradecendo essa beatificação”, lembrando que “qualquer beatificação é motivo de ação de graças”. “É a Igreja que propõe o exemplo de alguém que nos precedeu e que nos continua a ajudar na fé, que é para nós exemplo e fonte de ensinamento. A Igreja dá-nos esse exemplo, não só para que nós o sigamos, mas também para que recorramos à sua intercessão”, afirmou, referindo-se ao caso concreto de D. Álvaro del Portillo. “Foi um desses bons pastores que, como muitos de nós experimentámos diretamente, deu a sua vida para nos contagiar com a alegria do evangelho, vivida nas circunstâncias correntes da nossa existência”, destacou.

“Não só agradecemos a beatificação de D. Álvaro, como também temos de agradecer a própria cerimónia da beatificação porque constituiu um acontecimento de uma simplicidade tão extraordinária que não pode ficar só na memória. Tem de marcar o pano de fundo da nossa vida”, acrescentou o sacerdote, que evocou “a recordação daquela gente, vinda de todo o mundo, unida na oração, na gratidão e na alegria” durante a celebração da beatificação ocorrida em outubro passado. “E isso foi só uma pequena amostra daquilo que se verificou um pouco por todo o lado, entre as pessoas que acompanharam a beatificação através dos meios de comunicação social. A recordação daquela gente, ali em Madrid, há-de ajudar-nos a perceber as maravilhas que Deus faz e fará se incorporarmos a fidelidade que caraterizou a vida do beato Álvaro”, sustentou, lembrando que algo de semelhante aconteceu com na beatificação e na canonização de São José Maria [Escrivá de Balaguer], fundador do Opus Dei.
O Opus Dei foi criado pelo sacerdote espanhol em 1928, canonizado em 2002, com a finalidade de colaborar na missão evangelizadora da Igreja e na difusão da visão cristã no mundo.
Depois da morte do fundador, em 1975, assumiram a liderança da instituição católica Álvaro del Portillo e, mais recentemente, o bispo Javier Echevarría Rodríguez.
Na missa, que foi concelebrada pelo padre Pedro Regojo, assistente dos núcleos do Opus Dei no Algarve, e pelo padre Pedro Manuel, pároco da Sé de Faro, Monsenhor José Rafael Espírito Santo citou ainda a carta que o Papa Francisco escreveu ao prelado do Opus Dei na ocasião da beatificação. “D. Álvaro envia-nos uma mensagem muito clara: diz-nos que confiemos no Senhor. Anima-nos a não termos medo de ir contracorrente e de sofrer por anunciar o evangelho. Além disso, ensina-nos que, na simplicidade e quotidianidade da nossa vida, podemos encontrar um caminho seguro de santidade”, afirmou, lembrando que este ano, “por iniciativa do prelado do Opus Dei, é também um ano mariano de oração, em união com o papa, pelas famílias de todo o mundo e pelo próximo Sínodo”.

Álvaro José Maria Eulogio del Portillo y Diez de Sollano, que está sepultado na cripta da igreja prelatícia de Santa Maria da Paz, na sede central do Opus Dei, em Roma, distinguiu-se pelo empenho na divulgação e implementação da obra em vários países.
O espaço à beatificação do prelado foi aberto pelo Vaticano em julho de 2013, através da aprovação de um milagre atribuído à intercessão de Álvaro del Portillo, envolvendo a cura de um menino chileno chamado José Ignacio Ureta Wilson.