O reitor do Seminário da Diocese do Algarve lembrou no passado domingo à noite que cada cristão é chamado esta semana a descobrir a sua vocação ou a redescobrir nela como ser “sinal de vida, de alegria, de luz” para os outros.

“Neste tempo que estamos a viver, como é importante que cada cristão redescubra a sua vida batismal e, neste sentido, possa ser luz para tantos que, neste momento que a nossa história atravessa, vivem desesperados desanimados, debaixo de sombras e trevas”, afirmou o padre António de Freitas na vigília de oração pelas vocações que decorreu na capela do Seminário de São José, referindo-se à “força vital que vem de Cristo ressuscitado para arrancar das sombras e da morte tantos irmãos”.

A Igreja Católica está a celebrar desde 26 de abril a Semana de Oração pelas Vocações Consagradas que se prolonga até dia 3 de maio. Na Diocese do Algarve, o Secretariado Diocesano da Pastoral Vocacional e o Seminário de São José de Faro uniram-se para assinalar a iniciativa com um programa online que está a decorrer.

“Que esta Semana de Oração pelas Vocações possa ser para todos nós descoberta vocacional e também momento para reavivar a vida e a vocação de cada um de nós, que é chamado a ser presença de Cristo ressuscitado na vida de tantos amigos nossos”, prosseguiu na celebração transmitida pela internet.

“O Senhor diz-nos: «não temas, não tenhas medo». É esta a voz que precisamos ouvir e que precisamos ser, em nome do Senhor, para o nosso mundo neste momento em especial. O mundo reclama isto dos cristãos”, complementou.

Na vigília de domingo à noite, o padre António de Freitas referiu-se àquela iniciativa como “um momento de oração para que o Senhor conceda à sua Igreja as vocações que Ele achar que são necessárias” para que os cristãos, como Igreja, possam “ser seu sinal no meio do mundo”, ou seja, “para que se cumpra a missão que o Senhor lhe confiou”.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

“Mas, ao mesmo tempo, estamos em vigília oração para agradecer ao Senhor tantas vocações que já nos concedeu. Apesar de olharmos para o nosso tempo e pensarmos que as vocações são escassas, vão diminuindo, que precisávamos de mais, o Senhor vai-nos dando o que é necessário”, acrescentou, destacando que “a atitude da gratidão é fundamental” e “deve ter muito mais peso do que a do lamento”e “do que a da tristeza”.

“Não tenhamos medo de colocar a nossa vida à disposição de Jesus porque Ele sabe o que somos capazes e sabe também quais são as nossas fragilidades”, pediu, acrescentando que “aceitar a vocação” é colocar-se “nas mãos de Jesus”. “O Senhor não nos pede para sermos super-heróis. O Senhor pede-nos para, nas nossas fragilidades, confiarmos mais n’Ele do que em nós”, exortou.

Dirigindo-se aos jovens pediu-lhes que se deixem “agarrar por Jesus”. “Deixem que Ele vos aproxime do seu coração e, se vos pedir coisas que aparentemente são difíceis, tenham a certeza de que quando nos entregamos de coração, Ele fará acontecer aquilo que pensamos ser improvável ou impossível”, acrescentou.