Ricardo Mestre alcançou aos 27 anos a vitória mais importante da sua carreira e sucedeu no historial de vencedores da prova ao espanhol David Blanco, seu antigo companheiro de equipa, que triunfou na Volta em quatro ocasiões.

O êxito do corredor algarvio é o primeiro de um português desde 2003, ano em que o triunfo coube a Nuno Ribeiro, e é o quarto consecutivo do Tavira, equipa vencedora das três edições anteriores, com David Blanco. Em termos coletivos, a formação tavirense também saiu vencedora.

Profissional desde 2006, sempre em representação da equipa do Tavira, Mestre fez a sua melhor época de sempre, tendo ganho o Troféu Joaquim Agostinho em julho, antes de se impor na Volta a Portugal, com apenas um triunfo, no contrarrelógio da sétima etapa, na qual assumiu a liderança.

Segundo algarvio a vencer a Volta a Portugal, depois de José Martins em 1946 e 1947, Mestre levou a camisola amarela desde a Guarda até Lisboa, para terminar com 1.31 minutos de avanço sobre o companheiro de equipa André Cardoso e 2.24 sobre Rui Sousa (Barbot-Efapel).

Na capital, a vitória da última etapa foi discutida ao sprint. O italiano Francesco Gavazzi, que completou a tirada em 3:57.12 horas, conseguiu o seu segundo êxito em etapas desta edição, batendo os portugueses Sérgio Ribeiro (Barbot-Efapel) e Samuel Caldeira (Onda-Boavista).

No entanto, Sérgio Ribeiro subiu ao pódio pelo segundo ano consecutivo com a camisola branca, que distingue o primeiro da classificação por pontos, enquanto o uruguaio Fabrício Ferrari (Caja Rural), com a camisola azul, assegurou o prémio da montanha. De laranja ficou o espanhol Bravo Garikoitz, também da Caja Rural, melhor jovem da Volta a Portugal.

Folha do Domingo/Lusa