Sem Philippe Gilbert, vencedor do ano passado em Albufeira, Meersman, de 26 anos, resistiu aos ataques do compatriota Greg Van Avermaet (BMC) e do dinamarquês Matti Breschel (Rabobank) para se coroar na primeira etapa da 38.ª edição, que ligou as Dunas Douradas, em Almancil, a Albufeira, na distância de 151 quilómetros, vestindo, consequentemente, a primeira camisola amarela da sua carreira.

"Sou um puncher, não um sprinter", disse à chegada, feliz por ter aguentado os sucessivos ataques, entre os quais os dos portugueses Tiago Machado (RadioShack) e Rui Costa (Movistar), sétimo classificado.

Numa chegada com uma inclinação ligeira nos metros finais, do pelotão saltaram alguns dos grandes nomes da Volta ao Algarve, como Nicolas Roche (Ag2R) ou Edvald Boasson Hagen (Sky), mas foram os belgas, habituados aos carrosséis das clássicas, a dominar os primeiros postos de uma etapa que terminou com mais de meia hora de atraso relativamente ao horário previsto.

As emoções da chegada contrastaram com as do percurso, percorrido a ritmo tranquilo, sem acontecimentos de destaque, com exceção da fuga do dia.

A primeira meta volante da etapa ditou quem seriam os animadores da jornada. Mikael Cherel (Ag2R), Karsten Kroon (Saxo Bank), Sven Vandousselaere (Topsport), Sérgio Sousa (Efapel-Glassdrive) e Ricardo Mestre (Carmim-Prio-Tavira) adiantaram-se e foram o quinteto em fuga, chegando a dispor de 4.50 minutos de vantagem ao quilómetro 37, anulados à medida que o pelotão, liderado pela Saxo Bank, pela RadioShack e, posteriormente, pela Sky, se aproximava de Albufeira.

Na luta direta entre os heróis da primeira etapa, o holandês Karsten Kroon, o homem que em 2002 venceu uma etapa do Tour e que hoje arrebatou a camisola verde da montanha e a azul das metas volantes, tyambém esteve em destaque.

Faro é o ponto de partida da segunda etapa, que na quinta-feira liga a capital algarvia a Lagoa, num total de 187,5 quilómetros.

Lusa