O responsável máximo da FPC falou à Agência Lusa em Castro Marim, local de partida para a terceira etapa da "Algarvia", e lembrou que a prova organizada pela Associação de Ciclismo do Algarve (ACA) "conta com muitas equipas que estão na Volta à França e com o número um do Mundo [o espanhol Alberto Contador, Astana], mas não é anunciada como acontece, por exemplo, com o Estoril Open em ténis".

"O Estoril Open vai ter o [Suíço] Roger Federer e vemos todos a forma como a prova e promovida e anunciada. A Volta ao Algarve é uma prova de início de época das melhores ao nível Mundial e é uma pena não ser divulgada e anunciada à dimensão da sua qualidade", comentou.

Artur Lopes admitiu que a organização "tem dificuldades e não tem grandes apoios" e "era necessário haver uma televisão que seguisse toda a prova e toda uma máquina publicitária para a divulgar".

"É uma pena ter um diamante nas mãos e estar escondido no saco", reiterou o responsável federativo.

Artur Lopes deslocou-se hoje ao autocarro da Astana para falar com o espanhol Alberto Contador, vencedor das últimas edições do Tour de França e da Volta ao Algarve, que o presidente da federação disse ser "um amigo de há 10 anos, do tempo em que ainda era só Conta", antes do início da etapa.

"Agora vou também ver o Sean Kelly, que é outro amigo", disse o responsável da FPC, referindo-se ao dono da equipa Sean Kelly Team e antigo ciclista, vencedor da Volta a Espanha (1988) e recordista de vitórias consecutivas na clássica Paris-Nice (de 1992 a 1988), com sete triunfos.

A Volta ao Algarve cumpre hoje a terceira tirada, que liga Castro Marim ao Alto do Malhão, contagem de montanha de segunda categoria onde os ciclistas vão concluir o percurso de 173,7 quilómetros do dia.

Lusa