O plano “é o exemplo acabado da má gestão financeira do executivo municipal liderado por Luís Gomes”, declarou Jovita Ladeira, a vereadora e líder da concelhia do PS/Vila Real S. António.
Segundo aquela dirigente, o PSD tem gerido o município de “forma irresponsável e desnorteada” e os “recursos financeiros têm sido desbaratados”.
Esta situação “é até explícita num documento que o executivo apresentou à Assembleia Municipal, onde se refere à situação de desequilíbrio financeiro em que o município de encontra”, disse Jovita, citando o documento do plano geracional apresentado em Assembleia Municipal.
Jovita Ladeira justificou a abstenção do PS na Assembleia Municipal com a “responsabilidade do partido", uma vez que considera urgente que a dívida de curto prazo a fornecedores, que se situa em cerca de "60 milhões de euros, seja resolvida.
O PS precisou que a estes 60 milhões de euros somam-se mais 58 milhões de euros relativos à empresa municipal Sociedade de Gestão Urbana, atingindo uma dívida total de 112 milhões de euros.
O PS acusou ainda o executivo camarário de “irresponsabilidade” na aprovação de "orçamentos ilusórios" ao longo dos últimos anos, empolando receitas de forma a assumir compromissos superiores à capacidade da autarquia.
“Durante quatro anos, a Câmara apresentou orçamentos fictícios e ilusórios para dar ideia de abastança e de poder assumir compromissos”, afirmou Jovita Ladeira, acrescentando, que a “dívida acumulou-se para montantes insustentáveis".
A vereadora socialista disse ainda que o património contabilizada pelo autarca Luís Gomes, no valor de 180 milhões de euros, não foi adquirido na sua gestão, tendo muito dele sido apenas registado devido a uma exigência legal.
Algum desse património, segundo Jovita Ladeira, está hipotecado como por exemplo o parque de campismo ou a casa da câmara.
Jovita Ladeira alertou ainda para o facto da câmara estar na lista negra do Banco de Portugal, devido a incumprimentos bancários e falhas de pagamentos à Segurança Social.