O bispo do Algarve, que considerou o Ano da Fé (outubro de 2012 a novembro de 2013), proclamado pelo Papa para toda a Igreja, como um “tempo particular de reflexão”, “de graça e de dom” que vem “enriquecer” o Programa Pastoral da diocese algarvia, lembrou que “Jesus Cristo é o centro da fé cristã”. “O caminho da fé leva-nos a viver com Cristo, a estar com Ele, a viver para Cristo e, sobretudo, deve levar-nos a viver como Cristo”, afirmou o prelado, lembrando que “a fé exige também assumir a responsabilidade social daquilo em que se acredita”.

Citando o Papa, D. Manuel Quintas lembrou que o “cerne da crise da Europa” é a “falta de fé”. “Se não encontramos uma resposta para esta crise, ou seja, se a fé não ganhar de novo vitalidade, tornando-se uma convicção profunda e uma força leal, graças ao encontro com Jesus Cristo, permanecerão ineficazes todas as outras reformas”, acrescentou.

O bispo do Algarve destacou ainda que, “sem este encontro com Cristo não é possível responder cabalmente àquilo que nos é exigido para progredir no caminho da santidade e ter acesso à vida plena” e aludiu à “necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo”.

D. Manuel Quintas sublinhou ainda que “o Ano da Fé, iniciado ao mesmo tempo em que se inicia o Sínodo sobre a Nova Evangelização e Transmissão da Fé, mobiliza-nos para descobrir de novo a alegria de acreditar e reencontrar o entusiamo em testemunhar a fé”. “A fé cresce tanto mais, quanto mais é vivida como amor recebido e comunicada como experiência de graça e alegria”, lembrou.

Perante uma assembleia de muitos católicos, vindos de várias partes do Algarve para se associarem àquela celebração, o bispo diocesano acrescentou ainda que a caridade é também um “elemento decisivo na transmissão da fé”. “A fé que atua pelo amor torna-se um novo critério de entendimento e de ação que muda toda a vida do homem. Se a fé não tiver obras, está completamente morta”, advertiu D. Manuel, considerando que “fé e caridade reclamam-se mutuamente”.

A terminar, o bispo do Algarve desejou que cada algarvio “sinta a exigência de conhecer melhor a fé de sempre para a transmitir com um novo vigor às gerações futuras e a professar decidida e publicamente”.

Na celebração, a qual foi concelebrada por muitos padres do Algarve, foi entregue aos presentes a profissão do credo.

Samuel Mendonça