Terminou na noite de segunda-feira, 03 de março, o Convívio Fraterno 1473, promovido pelo Movimento dos Convívios Fraternos (MCF) da Diocese do Algarve.
A iniciativa para jovens maiores de 17 anos, promovida e dinamizada pela equipa diocesana do MCF, teve início no passado dia 28 de fevereiro e terminou já na madrugada de terça-feira no complexo paroquial de São Pedro do Mar, em Quarteira, depois de três dias vividos na Casa de Retiros de São Lourenço do Palmeiral.
O encontro, que procurou ajudar no primeiro apelo à fé, contou com 32 participantes oriundos das paróquias de Aljezur, Almancil, Bensafrim, Ferreiras, Fuseta, Lagoa, Loulé, Matriz de Portimão, Paderne, Parchal, Quarteira, São Brás de Alportel, São Luís de Faro, São Pedro de Faro, São Sebastião de Lagos, Sé de Faro e Tavira e do vicariato da Pedra Mourinha, em Portimão, e também da paróquia de Mértola da vizinha Diocese de Beja.
Como sempre acontece, o encerramento, que contou com testemunhos e também sketches, intervenções reflexivas e músicas da autoria dos novos convivas, incluiu a celebração da Eucaristia presidida pelo bispo do Algarve. Os participantes foram unânimes em destacar a transformação nas suas vidas provocada por aquela experiência.
No encerramento, o assistente espiritual do MCF considerou aquela iniciativa “um sinal de que a Igreja do Algarve, pela força de Deus, está viva”. O padre António de Freitas dirigiu-se, de modo particular, aos novos convivas. “Sempre que quiserem abrir o coração a Deus e se deixarem também abraçar pelas vossas comunidades cristãs encontrarão sempre espaço para fazer um caminho onde encontram respostas. Procurem esse lugar nas vossas comunidades”, exortou, pedindo-lhes que “não queiram fazer caminhos sozinhos”. “Deus irá amar-vos sempre e nunca vos abandonará, mas sozinhos é sempre mais difícil viver a essa verdade. Que encontrem sempre nas vossas comunidades cristãs um lugar, uma família, o vosso porto seguro onde podem caminhar, não sozinhos mas acompanhados por aqueles que, se calhar, já passaram por experiências parecidas às vossas e com Deus, com a ajuda da fé e da Igreja encontraram respostas”, apelou.
Às comunidades pediu que ajudem os jovens “a fazer uma descoberta relacional da fé”. “Depois de 10 anos de catequese, muitos deles perguntam: «porque é que nunca me consegui encontrar com Jesus como me encontrei nestes três dias?» Porque falta a dimensão relacional do encontro”, considerou, pedindo que nas paróquias “haja espaço para o encontro pessoal e para a oração para que cada um possa exprimir o seu modo de se encontrar e de falar com Deus”.
Catarina Ferro, da equipa diocesana do MCF, deixou um pedido aos novos convivas. “Não se esqueçam de que somos meros servidores de Deus e é Ele o verdadeiro operador que movimenta a nossa vida”, apelou. Aquela jovem pediu-lhes ainda “que não deixassem este convívio ficar apenas na memória” e “que levassem tudo aquilo que aprenderam e vivenciaram”. “Não deixem que a vossa fé esmoreça, mas que a vossa chama seja constante. Espero que vão pelo mundo e que levem todo este amor e esta esperança que reencontraram. Saibam que Cristo conta com vocês e não tenham medo de continuar esta caminhada”, acrescentou.
Catarina Ferro pediu ainda às famílias “que os escutassem com o coração aberto, que caminhem junto deles e que não deixem esta chaminha pequenina que se reacendeu ou ficou mais forte se apagar”. Aos sacerdotes pediu “que continuassem a incentivar e a confiar nestes jovens e a dar-lhes espaço para crescerem ainda mais” e às paróquias que “também os acolham e os ajudem a inovar e a contribuir nos vários serviços têm”.
O padre António Moitinho, um dos vários sacerdotes presentes no encerramento, alertou os novos convivas para a importância de “manter” aquela “alegria” e “entusiasmo”, para o qual vão precisar da ajuda de todos. “Cada um de vós tem em si a possibilidade de ser feliz”, afirmou, acrescentando que o “desafio” passa por “continuar a dizer sim a Deus”.
O sacerdote alertou as famílias que irão “ter alguém diferente em casa porque esta experiência é transformadora”. “Fica nas vossas mãos ajudá-los a manter e a continuar a conhecer cada vez mais este amigo especial”, acrescentou.
Uma das mães de uma nova conviva, ela própria também conviva, deixou um desejo. “Que esta experiência seja eterna para vocês e que se lembrem sempre nos dias mais difíceis que Deus nunca nos abandona”, desejou Sílvia Bonixe.
Na Eucaristia, o bispo do Algarve sintetizou que “o convívio é descobrir o amor de Deus e deixar-se amar e perdoar por Deus”. “Foi para isso que veio Jesus, para nos mostrar como é grande o amor de Deus”, acrescentou D. Manuel Quintas na celebração eucarística de encerramento do Convívio Fraterno que contou ainda com a colaboração do padre Samuel Camacho.
