Projeto_querencaA segunda edição do “Projeto Querença”, no concelho de Loulé, tem início na próxima segunda-feira, repetindo o objetivo de combater o despovoamento do interior algarvio, informou hoje o seu coordenador, João Ministro.

Como novidades deste ano, consta a seleção dos candidatos que apresentem ideias concretas e a criação de uma bolsa de alojamento.

O “Projeto Querença” – que adota o nome desta freguesia do concelho de Loulé – foi lançado em 2011 para combater o despovoamento do interior algarvio, dar nova dinâmica à economia local e permitir que jovens criem novos produtos e empresas.

“Queremos que as pessoas apresentem ideias de uma forma já estruturada e é com base nessa ideia, no seu grau de interesse, como se pode integrar noutros projetos que já existem, como pode ser uma mais-valia para o território e o grau de sustentabilidade, que vamos fazer a seleção”, explicou João Ministro.

Outra novidade desta edição é o facto de as candidaturas estarem abertas a interessados de todo o país e sem limitações etárias ou habilitações literárias.

“Não estamos preocupados com os níveis literários, nem colocamos barreiras em termos de idade. Queremos ideias válidas que vão ao encontro dos nossos objetivos para o território e se enquadrem no que está aqui a ser feito, tanto faz ser um doutorado, como uma pessoa com o 9.º ou o 12.º ano”, acrescentou o responsável.

Os promotores estão, entretanto, a desenvolver uma bolsa de alojamento na freguesia, que permita acolher jovens que queiram fazer estágios, residir temporariamente em Querença, fazer voluntariado ou realizar campos de férias.

As candidaturas podem ser apresentadas até 06 de dezembro no site do projeto, seguindo-se a fase de entrevistas.

Os promotores do projeto – Câmara Municipal de Loulé, União de Freguesias Querença, Tôr e Benafim e a empresa local ProActiveTur -, esperam ter a nova equipa no terreno em fevereiro de 2014.

Os promotores explicam que além de 12 meses remunerados, os elementos selecionados para esta segunda edição vão poder contar com apoio técnico, equipamento para trabalhar a terra, apoio da Universidade do Algarve para a planificação de negócios e construção de empresas e algum apoio financeiro para a comercialização e marketing.

Em relação à primeira edição, “nenhum dos jovens que cá estiveram está desempregado neste momento”, disse João Ministro.

Um jovem está a criar uma empresa de arquitetura paisagística e outro, especializado em design, também continua a colaborar com o Projeto Querença apesar de ter estado a trabalhar numa empresa do concelho.