© Hugo Delgado/Lusa
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Jorge Paixão deixou o Farense para ser o novo treinador do Sporting de Braga, substituindo Jesualdo Ferreira no clube bracarense, da I Liga de futebol.

Natural de Almada, Jorge Paixão, de 48 anos, orientava o Farense, 11.º classificado da II Liga, tendo entrado apenas à oitava jornada, para o lugar de Mauro de Brito.

Nas duas épocas anteriores passou pelo Al-Mesaimeer, do Qatar, e antes por Mafra, Estrela da Amadora, Recreativo Cáala (Angola), Atlético, Pontassolense, Real Massamá, Casa Pia e Almada.

Jorge Paixão é o 12.º treinador em 11 anos de presidência de António Salvador, que trabalhou com Fernando Castro Santos, Jesualdo Ferreira (por duas ocasiões), Carlos Carvalhal, Rogério Gonçalves, Jorge Costa, Manuel Machado, António Caldas, Jorge Jesus, Domingos Paciência, Leonardo Jardim e José Peseiro.

Na apresentação, ontem em Braga, Jorge Paixão disse acreditar no apuramento para as competições europeias e frisou o desejo de ir a Alvalade vencer o Sporting na próxima jornada da I Liga de futebol.

“É uma grande satisfação e orgulho treinar o Braga, encaro o desafio com grande responsabilidade. Os objetivos até ao final da época passam por ganhar o próximo jogo e depois pensar no jogo a seguir, sempre com o pensamento na vitória”, disse.

Instado sobre se seria uma surpresa a equipa conseguir o apuramento para as competições europeias da próxima época, respondeu: “seria uma surpresa não estar, essa é a minha convicção”.

Para Jorge Paixão, o jogo com o Sporting, sábado, da 21ª jornada da I Liga, “é a melhor estreia” que podia ter e encara-o com “grande motivação”.

“Daí ter viajado logo e ter dado o treino hoje para preparar esse jogo difícil, mas com o grande objetivo de o ganhar”, disse.

O sucessor de Jesualdo Ferreira define-se como um treinador que gosta que as suas equipas “sejam organizadas, que trabalhem bem dentro de campo, na procura constante pela bola quando não a têm e, depois, ter qualidade com a mesma”.

Recusou comparações com Jorge Jesus, treinador do Benfica, vincando que segue o seu próprio caminho.

“Não imito ninguém, tenho um grande respeito por ele, foi meu treinador durante cinco anos e tenho uma boa relação de amizade com ele, mas mais nada, é um grande treinador, admiro-o como tal, mas eu sou treinador diferente”, disse.

Mostrou confiança na capacidade da equipa inverter o atual momento e disse estar preparado para o “maior desafio” da sua carreira.

“Trabalhei para isto desde que comecei a minha carreira, comecei de baixo e tenho vindo a subir a pulso, este é o momento mais alto da minha carreira, mas preparei-me para isto”, disse.

O presidente “arsenalista”, António Salvador, admitiu que a escolha do treinador foi uma “surpresa” para a generalidade das pessoas, mas mostrou “convicção” de que Jorge Paixão vai agarrar a oportunidade e ser uma “certeza”.

“Desejo-lhe felicidades, esta casa habituou-nos a vitórias e é com esse intuito que ele vem, para nos dar vitórias. Identifico-me com a sua forma de estar e de trabalhar, vive o futebol 24 horas por dias, com paixão, e é disso que precisamos”, disse.

A nova equipa técnica dos “arsenalistas” integra ainda Filipe Silvério (treinador adjunto que o acompanha do Farense), Vítor Castanheira (ex-treinador adjunto da equipa B), Jorge Vital (treinador guarda-redes e único elemento que transita da anterior equipa técnica) e Tomás Amaral (observação e análise, também oriundo do clube algarvio).

O acordo com Jorge Paixão é até ao final da presente temporada.