O “motard” algarvio Rúben Faria mostra-se, juntamente com Paulo Gonçalves, também português, consciente das dificuldades que irá enfrentar na edição de 2015 do rali todo-o-terreno Dakar, que foi ontem oficialmente apresentado em Paris.
Rúben Faria, segundo classificado da prova em 2013, afirma que, à primeira vista, o traçado não o surpreende, considerando-o muito semelhante ao das anteriores edições, e que espera grandes dificuldades.
“Depois de ter visto este desenho fica claro que a primeira semana será bastante exigente. Vamos atravessar os Andes e encontrar muitas pistas a altitudes elevadas e isso pode ser muito complicado para os pilotos, como já vimos no ano passado. Ao mesmo tempo, as especiais na Argentina deverão ser muito rápidas e isso vai obrigar a um ritmo forte desde o início, mas sem cometer erros, porque uma queda a alta velocidade pode significar o final da prova”, afirmou o piloto da Red Bull-KTM em comunicado.
Na mesma linha, o campeão do mundo de todo-o-terreno de 2013, Paulo Gonçalves, destaca as dificuldades e a dureza do percurso, em especial as longas etapas e a altitude do percurso.
“Vamos ter etapas com mais de 800 quilómetros cronometrados, quatro etapas de maratona, nas quais não temos qualquer tipo de assistência e qualquer detalhe pode ser decisivo para o desfecho do resultado final e, mais uma vez, tal como o ano passado, vamos voltar a correr em altitude, o que vai com certeza causar grandes dificuldades a todos os pilotos”, afirmou em declarações à Agência Lusa.
A edição de 2015 do rali Dakar irá decorrer entre os dias 4 e 17 de janeiro, percorrendo um total de 9.300 quilómetros (4.800 dos quais cronometrados), distribuídos por três países (Argentina, Chile e Bolívia).
com Lusa