Foto © Samuel Mendonça
Foto © Samuel Mendonça

O Arco da Vila de Faro, uma das portas de entrada da Cidade Velha do concelho, vai passar a poder ser visitado a partir de setembro ou outubro, revelou hoje a Câmara Municipal de Faro.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da autarquia, Rogério Bacalhau, disse que, além da manutenção das muralhas e da requalificação das ruas no seu entorno, vai ser criado um centro interpretativo por cima do posto de turismo (adjacente ao Arco da Vila), neste momento a ser ampliado e cujas obras têm o fim previsto para os últimos dias de agosto.

“O centro interpretativo fará a ligação ao Arco da Vila, que passará a ser visitável também, e a saída será pelo antigo Salão Nobre do Governo Civil, num protocolo que temos com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras”, que ocupa o edifício contíguo, disse à Lusa o vice-presidente da Câmara Municipal de Faro, Paulo Santos, que acrescentou que a entrada será paga.

Paulo Santos realçou, no entanto, que a totalidade da verba paga pelos visitantes – ainda por definir – “vai ser aplicada depois na promoção do concelho”.

Foto © Samuel Mendonça
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As obras que decorrem naquela área do centro de Faro têm um custo total de cerca de 300 mil euros, distribuídos pela recuperação do Arco da Vila, do Arco do Repouso, das muralhas, pela pintura das fachadas do museu, além da colocação de telas de ensombramento em 12 ruas pedonais.

O Arco da Vila foi mandado construir pelo então bispo do Algarve D. Francisco Gomes do Avelar e projetado pelo arquiteto genovês Francisco Xavier Fabri, tendo sido inaugurado em 1812, segundo a página da Câmara Municipal de Faro.

“Em campanha de obras levada a cabo pela autarquia local no ano de 1992, foi descoberto no interior do arco um portal em arco de ferradura, uma das entradas primitivas das muralhas árabes de Faro”, pode ler-se na entrada da Infopédia sobre aquela edificação, em relação à porta árabe que remonta ao século XI.

Sobre o arco encontra-se, num nicho, uma estátua de São Tomás de Aquino, patrono da cidade de Faro, que “de acordo com a tradição local, evitou que a peste se espalhasse sobre os seus habitantes”.

com Lusa