
A bênção e o lançamento da primeira pedra da futura igreja paroquial de Almancil decorreram na passada sexta-feira, dia 13 de maio, um dia particularmente significativo pelo facto de que aquele templo será dedicado a Nossa Senhora de Fátima.

Ao final da tarde, após a recitação do rosário, orientada por grupos de Almancil, São João da Venda, São Lourenço, Vale d’Éguas, Quinta do Lago e Vale do Lobo, as várias comunidades constituintes da paróquia, teve lugar no terreno (com mais de 3000 m2) cedido pela Câmara de Loulé, próximo do Pingo Doce, o ato que marca o primeiro passo para o arranque da obra.


Antes da bênção, o cónego Gilberto Soares Santos, assegurou que a construção da futura igreja é um “grande sonho, acalentado por muitas gerações de paroquianos, de filhos de Almancil”. O pároco lembrou que a sede da paróquia já passou pela igreja de São João da Venda e está agora na igreja de São Lourenço, para aonde foi transferida no século XIX. “Uma igreja cheia de beleza que nos encanta mas já pequena para acolher os muitos fiéis que acorrem ao culto e às celebrações”, explicou o prior, considerando que se impõe um “espaço mais amplo”.
Com efeito, a futura igreja, de uma só nave, poderá acolher 450 pessoas sentadas, sendo nove vezes maior do que a de São Lourenço, que só acolhe cerca de 150. “É uma igreja para o presente, mas também para o futuro. Construímos para o tempo de hoje mas não podemos perder de vista o crescimento da terra”, salientou o pároco.

O cónego Gilberto Soares Santos justificou que a construção da nova igreja só agora surge porque “foi necessário partir do zero”, pois “até há pouco tempo” não existia nem terreno, nem projeto, nem fundos, e porque “houve necessidade de dar maior consistência e vigor à comunidade”. “A razão de ser da igreja é o povo, a comunidade, os cristãos”, lembrou, justificando que a igreja é “expressão de uma comunidade viva” e “só faz sentido quando os cristãos sentem necessidade de viver em comunidade e de, em conjunto, se apoiarem na vivência e caminhada religiosa”.

O prior, empenhado em que a obra “surja o mais depressa possível”, fez ainda memória do tempo em que a comunidade se começou a congregar na antiga escola primária e depois na Escola EB 2.3 Dr. António Santos Agostinho, onde ainda se reúne. “Estamos em casa que não é própria”, constatou, acrescentando que “são vários os grupos que se reúnem em casas particulares”. “A igreja de São Lourenço já é distante para algumas pessoas que não têm meio de transporte para se deslocar”, observou, evidenciando que chegou a hora de construir uma nova igreja no “coração de Almancil”.

Considerando o lançamento da primeira pedra como o “primeiro grande sinal de compromisso”, lembrou que “a obra que é de todos”. “Não é uma obra do pároco, da Câmara Municipal, da Junta de Freguesia ou do Estado mas da comunidade paroquial, ainda que possamos ter o apoio das mais diversas instâncias públicas”, afirmou.

O presidente da Câmara de Loulé considerou que este primeiro passo para a construção da nova igreja só foi possível graças à “tenacidade, empenho e dedicação” do cónego Gilberto Santos e destacou o “papel fulcral” da paróquia de Almancil na integração daqueles que, das “mais variadas partes do mundo”, chegam à vila em busca de melhores condições de vida.

Para além desta igreja, cuja construção deverá orçar em cerca de 2 milhões de euros, e do Centro Paroquial, a comunidade de Almancil projeta ainda a construção de uma outra igreja em Vale do Lobo e de uma creche e ATL também na vila.