Foto © Samuel Mendonça
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A paróquia de Armação de Pêra voltou a promover os encontros de orientação espiritual, intitulados “Tertúlias da Fé”, iniciados o ano passado.

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No primeiro no encontro deste ano pastoral 2015/2016 que teve lugar no passado dia 12 deste mês no Centro Pastoral de Pêra e que contou com a participação do bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, do padre Carlos de Aquino e do pároco de Armação de Pêra, o padre Joaquim Beato, discutiu-se sobre os problemas da família que estiveram em análise no último Sínodo dos Bispos.

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O padre Joaquim Beato considerou que do Sínodo saiu uma “aragem fresca” que “está a possibilitar que todas as famílias, seja qual o estado em que se encontrem, se aproximem mais da Igreja e haja uma comunhão maior”.

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O padre Carlos de Aquino lembrou que “não há nova orientação na Igreja” na questão dos batizados divorciados ou recasados civilmente, nem relativamente ao casamento homossexual e disse que aquela deve, por “amor à verdade, exprimir com clareza a doutrina”.

O sacerdote disse ser “preciso aprofundar-se mais, também entre os cristãos, a natureza e identidade humana e cristã do matrimónio”. “São necessários percursos formativos que acompanhem a pessoa e o casal”, defendeu, referindo-se a “itinerários que garantam a formação dos jovens para o matrimónio”.

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No encontro com cerca de 140 participantes, o casal Dilar e Rui Barbosa, pertencentes desde o ano 2000 aos Centros de Preparação para o Matrimónio (CPM) da paróquia de Quarteira, manifestaram-se “apreensivos” com a diminuição do número de noivos. “Inicialmente tínhamos 60 a 70 noivos por ano e atualmente temos 25 a 30”, testemunhou Rui Barbosa.

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Dilar Barbosa acrescentou que outra realidade é o facto de muitos dos formandos já terem 5, 6 ou 10 anos de vida em comum. “Por esse facto, para eles o CPM pouco sentido faz. Apenas o fazem para batizar os filhos”, reconheceu, sublinhando que “muitos dos casais vão indicados por casais amigos que já fizeram o CPM” e que no final da formação consideram a mesma muito positiva. “Isso para nós é motivo de grande alegria e aquilo nos leva a não desanimar por vermos a redução de casais que existe”, contou.

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Dilar Barbosa aludiu ainda à necessidade de dar continuidade àquele trabalho depois do casamento. “Já tentámos fazer convívios pós-casamento mas aparece um terço daqueles que fizeram o CPM”, lamentou, considerando que este “é um trabalho de toda a comunidade e de todos os casais cristãos que possam estar à volta dos novos casais para os incentivar a fazerem parte da família cristã”.

O bispo do Algarve considerou ser ser preciso “acolher, acompanhar, discernir e integrar” as “situações complexas” na família.

D. Manuel Quintas lembrou ser preciso “manifestar o apreço e encorajamento por aquelas famílias que honram a beleza do matrimónio cristão”

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Laura Lopes, organizadora daqueles encontros da paróquia de Armação de Pêra, adiantou que este ano aquelas iniciativas não terão periodicidade mensal, realizando-se apenas três encontros, mais alargados e com “temas mais marcantes”.

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O segundo encontro será sobre o tema dos idosos e a sua integração nas famílias atuais tendo em conta questões como a diferença de gerações ou a dificuldade de adaptação às novas tecnologias. O terceiro encontro realizar-se-á sobre o tema do divórcio e implicações dessa realidade nas crianças, a forma como o encaram e como é que a Igreja pode ajudar a conduzir melhor essa situação.