
O Movimento SOS Ria Formosa/Je suis Ilhéu decidiu voltar a iniciar ações de protesto na sequência da aprovação na sexta-feira, pela Assembleia da República, de uma resolução que não prevê a “suspensão imediata das demolições” de casas.
“Na sequência dos acontecimentos de sexta-feira tomámos a decisão de começarmos novos protestos e, na eventualidade das providências cautelares virem rejeitadas e a Sociedade Polis começar a fazer posse administrativas das habitações, de nada fazermos para acalmar ninguém, como temos feito até ao momento, porque nós próprios nos sentimos revoltados”, declara, em nota à imprensa, a associação que luta contra a demolição de habitações na Ria Formosa.
O Movimento SOS Ria Formosa/Je suis Ilhéu congratula-se pelo pedido do princípio de igualdade e reconhecimento de todos os núcleos históricos das ilhas barreira.
No entanto, o movimento afirma que isso ”não chega” para parar a luta que tem mantido até agora.
“A proposta de resolução apresentada na sexta-feira pelo Partido Socialista não mencionava a frase mais importante ‘suspensão imediata das demolições’”, salienta o movimento.
Segundo este grupo de pessoas, a resolução aprovada contém um ponto que considera ambíguo, “pela continuidade das mesmas”, e sobre o qual considera ser “uma réplica de uma proposta antiga do PSD, que num passado bem recente, foi reprovado pelo PS”, o que “leva a questionar se algo mudou”.
“Também o PCP e o Bloco de Esquerda apresentaram os seus projetos e esses sim foram ao encontro do que nos tinham prometido em época de eleições”, declara o Movimento SOS Ria Formosa, acrescentando que estes partidos “não deram uma no cravo e outra na ferradura, escrevendo preto no branco o que pretendiam sem deixar qualquer hipótese de duplas interpretações com o que poderá vir a ocorrer”.
com Lusa