Por isso, pouco que me importa se alguns dos nossos governantes por vezes se reúnem em festas de amigos onde costumam usar aventais dourados e colares exuberantes. O que cada faz na sua vida privada não interessa ao público em geral. A não ser que, – e aqui começa a fronteira ténue entre a realidade e a teoria da conspiração –, o que cada um faz na sua vida privada tenha influência negativa na forma como exerce a sua função pública, no seu carácter ou na sua consciência de bem comum.
Por isso, a propósito da recente polémica sobre a influência da maçonaria na política portuguesa defendo que ninguém tem a obrigação de afirmar publicamente se pertence ou não a qualquer grupo maçónico. Agora a pertença a essa instituição ou a outra instituição qualquer, não pode, nem deve ser tida em consideração para a avaliação das capacidades, competências, honestidade e carácter de qualquer pessoa que se candidata ou já exerce um cargo público.
Deixo um conselho para aqueles que se preocupam com as teorias da conspiração. Não se preocupem com a Maçonaria Portuguesa! A sua influência é demasiado circunscrita. Por vezes não passa de meros jogos de poder e interesse em Portugal. Outrora implementou a república, agora nem conta da república consegue tomar! Preocupem-se antes com o “Clube de Bilderberg”! Esse sim é verdadeiramente importante, apesar de não ter aventais nem colares exuberantes. Quem não sabe o que é, investigue. Pouco vai continuar a saber, mas ao menos pode ficar desperto para a verdadeira realidade!