Foram cerca de 80 os candidatos ao segundo ano da ‘Missão País’ que se iniciou no concelho de Alcoutim em fevereiro deste ano, levada a cabo por 41 estudantes da Universidade do Algarve (UAlg), e que irá ter continuidade já em fevereiro do próximo ano.

A informação foi avançada na missa de preparação para o Natal, promovida pela Capelania da UAlg, que decorreu na passada terça-feira na igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Faro.

O capelão e assistente do Setor da Pastoral Universitária da Diocese do Algarve disse ter sido “um momento muito bonito, muito rico que alguns pensavam que não seria possível”. O cónego César Chantre aproveitou a presença de Paulo Águas para lembrar e agradecer o “apoio extraordinário do reitor desde a primeira hora”.

Aos 11 elementos presentes, que fizeram parte do grupo dos missionários do primeiro ano, deu-lhes os “parabéns” “porque fizeram história”. “Pela primeira vez na Universidade do Algarve este movimento lançou raízes, ou pelo menos sementes, e vocês foram os primeiros a acreditar nisso. Agradeço-vos essa heroicidade”, disse aos estudantes missionários oriundos não só do Algarve, mas também do Alentejo, Aveiro, Lisboa, Ribatejo, Sintra e até do Brasil.

A ‘Missão País’ é um projeto católico criado em 2003 a partir do Movimento Apostólico de Schoenstatt (embora hoje seja independente) que organiza e desenvolve missões universitárias a partir de várias faculdades de Portugal. São semanas de apostolado e de ação social que decorrem durante três anos consecutivos no período de interrupção de aulas entre o primeiro e o segundo semestres, divididas em três dimensões complementares – externa, interna e pessoal – em que o primeiro ano consiste no “acolhimento”, o segundo na “transformação e o terceiro no “envio”.

Após a fase de inscrições, estão agora a decorrer, a nível nacional, as colocações da edição deste ano que terá como lema “Porque temes? Sou Eu”, como cor o verde, símbolo de “esperança”.

A organização manifestou assim a “necessidade de partir em missão e, mesmo que de uma forma diferente”, continuar a espalhar a “mensagem de esperança e alegria de viver com Deus”. “É a esta enorme motivação e vontade de evangelizar que nos agarramos para desenvolver todas as adaptações necessárias para a Missão País 2021. Com todas as alterações, vamos missionar em segurança”, acrescenta, explicando que entre as principais medidas destacam-se a “redução do número de missionários (de 50 para 30)”, a “criação de uma «bolha epidemiológica» entre todos os missionários, chefes e Padre (antes de partirem em missão, todos os missionários vão ser testados e estarão em isolamento social desde a realização do teste até ao momento em que partem para a missão)”, a adaptação do “contacto com a comunidade, de modo a evitar as populações de risco (como os lares ou escolas) e focando em comunidades” e uma formação para os missionários “sobre as boas práticas de saúde pública durante a semana de missão”.

“Para além deste cenário, estão em desenvolvimento outros planos alternativos, sempre abertos a qualquer adaptação que seja necessária caso as circunstâncias assim o ditem. Como a situação epidemiológica se tem revelado diferente em certas zonas do país, cada missão poderá ter que se adaptar à sua maneira, seja pela diferença de restrições em concelhos, seja pela abertura que cada localidade tem para receber a ‘Missão País’ este ano”, refere ainda a organização, explicando que este plano “já está a ser trabalhado e analisado pela DGS, e que a ‘Missão País’ só avançará com o parecer positivo e também com o apoio da Igreja”.