O próximo ‘Rover Moot’ Mundial decorrerá em Portugal em 2025

Realizou-se em Nairobi, no Quénia, o 1.º ‘Rover Moot’ Africano, destinado aos ‘Rovers’ ou seja, aos Caminheiros daquela Região Escutista que recebeu, entre os dias 15 e 25 de abril, mais de 600 jovens escuteiros entre os 18 e os 26 anos, oriundos de perto de 40 países africanos e de outros, dos vários continentes, além de muitos dirigentes voluntários que constituíram a equipa internacional de serviço ao campo (IST – International Service Team).

O contingente português no ‘Rover Moot’, no Quénia – Foto © Direitos Reservados

Entre estes contaram-se cinco portugueses, do Corpo Nacional de Escutas (CNE), quatro da Região de Lisboa, José Machado, Paulo Ribeiro, José Gouveia e Paulo Ferreira, e um da Região do Algarve João Vasco Reis, do Agrupamento Marítimo 1331 de Carvoeiro.

O evento, promovido pela World Organization of the Scout Movement, através da Africa Scout Region (e que passará a realizar-se de quatro em quatro anos), decorreu no Rowallan National Scouts Camp, em Nairobi.

Em regime de acampamento, durante 10 dias, os participantes envolveram-se em várias atividades e experiências que os capacitaram de habilidades e conhecimentos para uma cidadania global. Além das muitas atividades desenvolvidas sob o lema “Innovating the next steps” (Inovar os novos passos), foi marcante a visita dos participantes a Nyeri, nas faldas do Monte Kenia, ao sítio que Baden-Powell, fundador mundial do Escutismo, escolheu para viver os seus últimos anos de vida, e onde está sepultado.

Os dirigentes portugueses em Nyeri, na campa de Baden-Powell, com o chefe do contigente dos ‘Boy-Scouts of America’, o luso-americano Jorge Gonçalves – Foto © Direitos Reservados

Ao Folha do Domingo, João Vasco Reis garante que a sua participação na atividade escutista “foi uma experiência totalmente gratificante e enriquecedora”. Lembrando que “um ‘Rover Moot’ é um encontro internacional dos escuteiros mais velhos, o último escalão etário do ramo ou secção ‘Rover’ (Caminheiros)”, aquele dirigente destaca que “os ‘Moots’ devem marcar o clímax do programa escutista das diversas associações para esse escalão etário, evidente na própria contribuição que, em última análise, o Movimento Escutista oferece à sociedade, ao capacitar os jovens caminheiros de talentos, qualificados, apaixonados e equilibrados, que complementam a formação escutista, preparando-os, à melhor maneira escutista, para fazer a diferença no mundo”.

“Os ‘Moots’ permitem que jovens oriundos de distantes azimutes possam encontrar-se nessa «fraternidade mundial escutista», trocar experiências e interagir para fortalecer sua compreensão internacional, como cidadãos do mundo. Proporcionam, assim, aos caminheiros oportunidades de criar amizades e compreensão internacionais e prepará-los e motivá-los para fazer a diferença no mundo”, prossegue, acrescentando que “o ‘I Africa Rover Moot’ foi tudo isso e mostrou a inigualável abrangência do Movimento Escutista e a extraordinária generosidade, dinâmica e maturidade dos ‘Rovers’, numa fraternidade mundial sem fronteiras, unida a um mesmo ideal: inovar os próximos passos para deixar um mundo melhor às futuras gerações, como Baden-Powell propôs ou ensinou”.

João Vasco Reis refere ainda que “os principais ‘Moots’ são os mundiais” e iniciaram-se em 1931, em Kandersteg, Suíça. O próximo, o 17.º ‘Rover Moot’ Mundial decorrerá em Portugal, em 2025 e receberá vários milhares de caminheiros de todo o mundo.