O Agrupamento 100 – Tavira do Corpo Nacional de Escutas (CNE) celebrou no passado domingo 60 anos de filiação.

A filiação de um agrupamento é formalizada pela publicação em Ordem de Serviço Nacional (documento oficial do CNE publicado mensalmente) do número atribuído àquela entidade. O número 100 atribuído ao agrupamento escutista de Tavira significou que, oficialmente, foi o centésimo criado a nível nacional e o segundo na região do Algarve.

As celebrações dos 60 anos do agrupamento escutista tavirense iniciaram-se em janeiro de 2022 e culminaram no último domingo após uma atividade de fim de semana. “Um dos objetivos dos dirigentes foi que esta data fosse celebrada plenamente por todos e com todos. Ficou claro, desde o início, que esta seria uma data a celebrar não só pelo agrupamento, mas por todos os que por ele passaram ou que connosco colaboraram e que, de certa forma, fizeram e fazem parte da história destes 60 anos”, explica nota de imprensa enviada do Folha do Domingo.

O documento acrescenta que durante o último ano foram várias as dinâmicas realizadas com publicações regulares nas redes sociais, onde mensalmente foi partilhado um pouco da história do agrupamento.

Nesse contexto, o efetivo pôde mergulhar no passado ao tomar contacto com antigas peças de fardamento e respetivos distintivos e recordar “alguns dos momentos mais marcantes” do escutismo em Tavira, tendo sido ainda realizado um concurso de distintivos.

O agrupamento explica que o último fim de semana incluiu então várias dinâmicas e atividades, pensadas por forma a que atuais e antigos elementos daquele agrupamento, bem como os pais e outros familiares dos escuteiros pudessem, de alguma forma, “celebrar também a data especial, recordando momentos importantes destes últimos 60 anos, transmitindo-os aos mais novos”.

A atividade comemorativa teve início no sábado na cidade de Tavira, onde os escuteiros fizeram um jogo pela cidade, convivendo de perto com a população. A noite já foi passada no Campo Escutista de Tavira, situado no perímetro florestal da Mata Nacional da Conceição de Tavira, mais conhecida como Mata de Santa Rita, “em modo de preparação para o grande dia”.

No domingo, o dia arrancou com a receção de dezenas de pais e antigos escuteiros naquele recinto. Os visitantes arregaçaram mangas e, juntamente com os escuteiros, levaram a cabo uma iniciativa simbólica: a plantação de 60 árvores, uma por cada ano de vida do agrupamento.

Ao final da manhã, todos se reuniram na ‘Capela da Cruz’ daquele campo escutista para a Eucaristia presidida pelo assistente do agrupamento, o padre Miguel Neto, no decurso da qual elementos das várias secções (dos 6 aos 22 anos) realizaram a sua promessa escutista. O dia, que contou também com a presença da presidente da Câmara Municipal e do presidente da União de Freguesias, continuou com um almoço partilhado onde não faltou animação, partilha de muitas histórias e convívio.

“São 60 anos de filiação, seis décadas de acampamentos, atividades e noites ao luar, milhares de fogueiras, centenas de jovens que viveram o ideal do fundador do escutismo, Baden Powell, e cujas vidas foram, para sempre, marcadas e moldadas pelos valores e ideais que, há 60 anos, três senhores começaram a divulgar pela cidade de Tavira. Desta forma foram várias as gerações que através do método escutista puderam tornar-se melhores cidadãos, com valores importantes para uma sociedade justa e preocupada com temáticas como a conservação ambiental, a vida em comunidade e o respeito pelo outro e pela diferença. Apenas podemos desejar que o próximo grande aniversário seja celebrado de forma tão especial como este, e que venham muitos, muitos mais anos de vida”, refere o agrupamento aniversariante, que realça ainda o apoio “absolutamente fundamental” da comunidade e das paróquias de Tavira.