As Universidades do Algarve, Évora e Nova de Lisboa apresentaram no passado dia 26 de novembro a plataforma “Estudos Mediterrânicos, consórcio universitário”, que visa promover a cooperação entre estas três universidades do sul do país e outras instituições universitárias do Mediterrâneo.
A plataforma – que já estabeleceu parcerias com universidades de Marrocos e da Tunísia – identificou o património, os recursos hídricos e a energia como domínios científicos prioritários para a criação de redes entre as instituições situadas na bacia do Mediterrâneo, explicou aos jornalistas o reitor da Universidade do Algarve (UAlg), António Branco.
Segundo o reitor da academia algarvia, que falava em conferência de imprensa, realizada na reitoria da UAlg, um dos objetivos do consórcio é “encontrar, dentro das três instituições, massa crítica do ponto de vista educativo e da investigação” para que se possam associar e apresentar projetos a nível europeu e a parceiros.
O reitor da Universidade Nova de Lisboa, António Rendas, sublinhou que as três universidades “estão muito empenhadas em desenvolver o sul do país”, classificando o projeto como “um grande desígnio”, que poderá demorar algum tempo.
“Se não nos juntarmos não teremos capacidade de aliciarmos colegas do outro lado do Mediterrâneo”, considerou, observando que as três instituições têm ‘know-how’ e que existem financiamentos que “estão à sua espera”.
A reitora da Universidade de Évora, Ana Costa Freitas, considerou que o consórcio é uma forma de potenciar as relações entre as três instituições portuguesas e entre estas e as suas congéneres noutras regiões do Mediterrâneo.
Segunda a reitora daquela academia, trata-se de potenciar o que une as várias regiões, que partilham um espaço territorial e, sobretudo, uma “história comum”.
Questionados sobre o impacto dos recentes atentados terroristas em Paris, França, no sucesso de projetos que envolvam cidadãos europeus e de origem árabe, os três reitores foram unânimes em considerar que a partilha de conhecimento pode ser uma forma de contribuir para o processo de paz.
Além dos representantes máximos das universidades envolvidas, a conferência de imprensa contou ainda com a presença de elementos das várias instituições e de Cláudio Torres, do Campo Arqueológico de Mértola, que é o primeiro membro a associar-se ao consórcio.