Comunidade algarvia das Carmelitas Missionárias assinalou o 150º aniversário da morte do fundador
O bispo do Algarve destacou ontem o “testemunho de santidade” do beato Francisco Palau y Quer, lembrando que a sua vida se caraterizou “pelo seu grande amor à Igreja”.
Na Eucaristia a que presidiu na igreja de São Luís de Faro, promovida pela comunidade algarvia das irmãs Carmelitas Missionárias que assinalou o 150º aniversário da morte do seu fundador, D. Manuel Quintas acrescentou que “esta paixão pela Igreja brotava da sua paixão por Cristo, daí a sua dimensão contemplativa que tinha como consequência a paixão pelo mundo, pela humanidade” e “daí o seu entusiasmo em ser missionário, em anunciar o Evangelho, em realizar a missão da Igreja”.

“O evangelho, a dimensão da missão, o anúncio de Cristo deve ser uma urgência para todos nós, tal como foi para o beato Francisco Palau, tal como continua a ser para as irmãs Carmelitas Missionárias e para todos aqueles que a elas se associam”, prosseguiu. “Uma palavra de gratidão e de reconhecimento às irmãs Carmelitas Missionárias, também aos leigos que lhe estão associados, pela vossa presença na nossa Igreja diocesana, mais do que pelo que fazeis, por aquilo que sois enquanto consagradas, pelo vosso testemunho prolongando no tempo e enriquecendo a nossa Igreja diocesana com o carisma do vosso fundador”, agradeceu.
O bispo diocesano constatou que a vida do beato Palau y Quer “não foi nada fácil”, referindo-se concretamente ao “desterro” e à “prisão”, entre “dificuldades de toda a ordem por que passou naquele tempo de convulsões”. “A vida religiosa naquela altura sofreu muitas perseguições”, recordou, acrescentando que “foram expulsos tantos” consagrados.
D. Manuel Quintas considerou que as efemérides como a de ontem “servem para avivar o carisma e para o tornar mais presente, mais atual e mais atuante na vida dos seus membros e também da Igreja”.
O sacerdote espanhol da Ordem dos Carmelitas Descalços, que viveu entre 1811 e 1872, para além das Carmelitas Missionárias, fundou também as Carmelitas Missionárias Teresianas.
Em nome da comunidade algarvia das Carmelitas Missionárias, a irmã Isilda Leal recordou “o seu profundo desejo de ir onde a glória de Deus o chamava”, vontade que disse ainda hoje se estender a cada pessoa. “O padre Palau dedicou a sua vida a difundir o Evangelho entre os irmãos e as irmãs, promovendo entre eles uma consciência viva da sua pertença ao corpo místico de Cristo, a Igreja. Celebramos com grande fervor esta Eucaristia de ação de graças para proclamar ao mundo inteiro a beleza do mistério da Igreja”, acrescentou.
Depois da Eucaristia, participada por várias representações de outras comunidades religiosas também com sede na cidade de Faro, houve um momento de convívio.
O beato Francisco Palau y Quer foi beatificado em abril de 1988 pelo Papa João Paulo II.