Foto © Samuel Mendonça
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O bispo do Algarve diz que, relativamente aos batizados divorciados ou recasados civilmente, as palavras de ordem são “acolher, acompanhar, discernir e integrar”.

D. Manuel Quintas frisou que esta foi a orientação saída do último Sínodo dos Bispos sobre a família. O prelado falava no encontro da rubrica “Tertúlias da Fé” que decorreu, uma vez mais, promovido pela paróquia de Armação de Pêra e que desta vez teve lugar no Centro Pastoral de Pêra no passado dia 12 deste mês sobre o tema da família.

Referindo-se especificamente às “situações complexas”, D. Manuel Quintas evidenciou que o relatório final do Sínodo explicita que “os batizados divorciados e recasados civilmente devem ser mais integrados nas comunidades cristãs, nos diversos modos possíveis, evitando toda a ocasião de escândalo”. “Não só não devem sentir-se excomungados, nem devem ser apontados ou indicados como tal, mas podem viver e amadurecer como membros vivos da Igreja”, acrescentou, citando o documento.

Foto © Samuel Mendonça
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O bispo do Algarve considerou que os batizados recasados pelo registo civil devem “aceitar a sua condição concreta”, pelo que “comungar não corresponderia à verdade da sua vida, ou seja, seria algo que não é assumido com toda a plenitude do que significa a comunhão eucarística em relação à comunhão na Igreja”.

Já em relação às pessoas separadas ou divorciadas mas não recasadas e que continuam a ser “testemunhas da fidelidade matrimonial”, D. Manuel Quintas lembrou que o relatório final do Sínodo sublinha que “devem ser encorajadas a encontrar na eucaristia o alimento que as sustenta no seu estado”.

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Sobre a situação de pessoas com “tendência homossexual”, o bispo diocesano disse que “uma coisa é o respeito pela pessoa, outra coisa é considerar isso do ponto de vista matrimonial”.

No encontro com cerca de 140 pessoas, D. Manuel Quintas lembrou ainda ser preciso “manifestar o apreço e encorajamento por aquelas famílias que honram a beleza do matrimónio cristão” e “promover o discernimento pastoral das situações em que o acolhimento desse dom tem dificuldade em ser apreciado ou então é posto em causa”. “A pastoral proponha claramente a mensagem evangélica. Temos de propor, não impor. E veja os elementos positivos presentes nas situações que ainda ou já não correspondem a essa mensagem”, acrescentou.