No polidesportivo junto à escola da Raposeira, na missa de encerramento ao ar livre, D. Manuel Quintas exortou à consciencialização, cada vez maior, da corresponsabilidade dentro da Igreja. “Somos todos a Igreja e o que nos congrega é o Baptismo e é a partir dele que devemos crescer na corresponsabilidade pelo crescimento e revitalização das nossas comunidades cristãs”, disse o prelado, desejando “que passe depressa o tempo” em que se pensa que a Igreja é apenas o Bispo e os padres.
Por outro lado, o Bispo diocesano apelou à necessidade de “construir comunidades que celebram com alegria a sua fé”. “Essa celebração tem de brotar de um coração alegre e humilde, que se abre aos irmãos e à misericórdia e amor de Deus”, pediu D. Manuel Quintas, exortando à construção de “comunidades vivas, fraternas e missionárias que anunciam e dão testemunho da sua fé com alegria e entusiasmo”.
O Bispo do Algarve abordou ainda, em jeito de balanço, a visita que realizou àquelas paróquias. “Foi muito agradável concluir o progresso que fizestes ao longo destes três anos com o vosso pároco. Basta olhar para o número de crianças na catequese e adolescentes que ultrapassa os 100. Isso já diz muito, porque atrás das crianças estão os pais e os avós. Basta olhar para o número de pessoas ligadas a serviços litúrgicos. Na reunião que fiz estavam 70 das três paróquias. Basta este número para dizer do vosso envolvimento nas diferentes paróquias, naquela que deve ser uma corresponsabilização da vida da comunidade cristã”, destacou.
D. Manuel Quintas destacou ainda a unidade daquelas comunidades. “Pelo facto de celebrar Eucaristia em diferentes lugares ou a leitura orante e meditada da Bíblia, a Lectio Divina, tive verdadeiramente a sensação de uma Igreja unida (apesar de constituída por paróquias diferentes), de uma comunidade que procura apoiar-se mutuamente para crescer e fortalecer na fé. E isso para mim foi uma grande graça de Deus”, testemunhou, lembrando o contacto com muitas pessoas e diversas instituições e autoridades. “Foi uma semana muito enriquecedora para mim”, concluiu.
O Bispo do Algarve lembrou ainda que “a presença do bispo não deve vista como alguém que vem examinar as pessoas, para ver se se comportam bem na Igreja”. “Às vezes pensa-se até, que no fim, o Bispo dará um raspanete. A presença do bispo quer apontar sobretudo para o verdadeiro Pastor: Jesus. É para Ele que eu tenho de endereçar o vosso olhar, coração e vida. A minha presença, ao longo desta semana, procurou ser uma presença que vos anima, estimula, e congrega na fé”, disse.
O padre Joel Teixeira, pároco daquelas comunidades, advertiu os seus paroquianos para a responsabilidade saída daquela visita pastoral com vista ao compromisso, cada vez maior, de cooperação numa Igreja que é constituída por todos.
O Bispo do Algarve foi presenteado com uma réplica em miniatura da igreja de Vila do Bispo e com o logótipo das três paróquias esculpido em madeira e a visita pastoral encerrou, após a Eucaristia, com um lanche/convívio no mesmo recinto desportivo.
D. Manuel Quintas tem ainda em 2010-2011 mais quatro visitas pastorais, à Fuseta e Moncarapacho (6 a 13 de Fevereiro), a Quelfes e Pechão (20 a 27 de Fevereiro), a Santa Catarina da Fonte do Bispo (20 a 27 de Março) e Loulé (3 a 17 de Abril).
Samuel Mendonça