O bispo do Algarve pediu hoje aos algarvios, durante a eucaristia dominical a que presidiu no oratório do Paço Episcopal de Faro, que se unam este ano à “peregrinação espiritual” do Santuário de Fátima para a celebração do 13 de maio.
“Queremos hoje, de maneira particular, corresponder ao apelo que nos foi feito desde Fátima de este ano realizarmos todos uma peregrinação espiritual a esse Santuário mariano que está verdadeiramente no coração, não só do nosso país, geograficamente falando, mas também do nosso coração, da nossa fé e no coração da Igreja em Portugal”, afirmou D. Manuel Quintas, referindo-se ao convite apresentado pelo reitor daquele santuário.
O padre Carlos Cabecinhas deixou este ano um apelo a todos os peregrinos que se deslocam habitualmente a Fátima. “Neste maio, pedimos-vos que não venhais nos dias 12 e 13, mas que façais esta peregrinação pelo coração e que acompanheis a transmissão das celebrações através dos meios de comunicação social, da internet e das redes sociais”, referiu.
Para suprir a impossibilidade de deslocação dos peregrinos à Cova da Iria, o reitor do Santuário convidou a fazer um caminho espiritual a partir de uma proposta concreta de oração para cada dia, que pode ser encontrada no site do Santuário, em www.fatima.pt, e nas redes sociais do santuário, diariamente, até dia 13 de maio.
O bispo do Algarve lembrou que nos dias 12 e 13 deste mês muitos gostariam de estar em Fátima. “Sensatamente não o devemos e não o podemos fazer. Como dioceses estarão apenas os bispos metropolitas – Évora, Braga, Patriarcado de Lisboa – a representar todos os outros bispos e todas as outras dioceses”, explicou.
“É sempre um dia em que eu gosto de estar [em Fátima], não apenas por devoção pessoal a Nossa Senhora, mas também porque sei que represento da Diocese do Algarve aqueles que gostariam de estar lá e não podem. Este ano vamos estar unidos nesta peregrinação espiritual, mais uma vez, nós que nos consagrámos ao coração de Maria e ao coração de Jesus ainda no início desta pandemia, evocando, mais uma vez, a proteção de Nossa Senhora de Fátima para nós, para o nosso país e para toda a humanidade”, completou.
Em 1928 já a Diocese do Algarve promovia peregrinações a Fátima. A edição de Folha do Domingo de 22 de abril desse ano dá conta da organização de uma peregrinação de comboio.
com Ecclesia