O bispo do Algarve destacou esta manhã na eucaristia exequial da irmã Margarida Maria da Sagrada Família, da comunidade algarvia das Carmelitas Descalça, falecida ontem, a “importância da vida consagrada na Igreja que a própria Igreja considera como um dos seus maiores tesouros”.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Na Missa que teve lugar na capela do mosteiro de Nossa Senhora Rainha do Mundo, no Patacão, concelho de Faro, citando o Papa São João Paulo II, lembrou que “o testemunho dos consagrados presente na diversidade dos carismas e formas de consagração, bem como o seu serviço são imprescindíveis para a realização da missão da Igreja”. “O seu contributo consiste, primariamente, no testemunho de uma vida totalmente entregue a Deus e aos irmãos. A vida consagrada mostra eloquentemente que quanto mais se vive de Cristo, tanto mais se pode servi-lo nos outros”, afirmou D. Manuel Quintas.

O bispo diocesano começou por se referir à “querida irmã Margarida Maria” pelo bem que constituiu para todos a sua vida. “Damos graças a Deus pelo dom da sua vida, também pelo dom da sua vida consagrada carmelita vívida no silêncio orante profundo do Carmelo, da qual toda a Igreja e, particularmente, a nossa Igreja diocesana tanto beneficiou e continua a beneficiar desta comunidade”, afirmou.

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D. Manuel Quintas agradeceu igualmente “o seu testemunho de fidelidade a Cristo na vivência da sua consagração como Carmelita Descalça”. “Ao celebrarmos hoje a sua Páscoa, invocamos para ela a entrada no reino de todos os bens onde se encontra Aquele ao qual ela consagrou toda a sua vida. Estamos certos de que a irmã Margarida continuará também agora do céu a apresentar-nos e a representar-nos a todos a Deus-Pai”, referiu.

“Pedimos Àquele, ao qual ela consagrou a sua vida, que lhe abra as portas das moradas eternas que o Pai preparou para os que n’ Ele acreditam”, prosseguiu o bispo do Algarve na Missa concelebrada pelos padres Pedro Ferreira, provincial dos Ordem dos Carmelitas Descalços, e Armindo Vaz, da mesma congregação. A Eucaristia foi concelebrada também por vários padres da Diocese do Algarve que tinham ou tiveram ligação com a comunidade carmelita descalça.

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D. Manuel Quintas disse ainda que ao “nível da fé” esta despedida “pode ser também como um até logo, um até breve”. O bispo do Algarve lembrou que este tem sido um ano de perdas de consagrados, com o falecimento da irmã Teresa Maria de Jesus, da mesma comunidade carmelita, em janeiro deste ano, e, mais recentemente, de dois padres religiosos, o padre António Ferreira, redentorista, e a semana passada do padre Agostinho Clemente, dehoniano.

Aquele responsável católico desejou que testemunho da vida e o serviço à Igreja algarvia da irmã Margarida Maria “obtenham do Senhor da messe o dom de novas vocações ao sacerdócio, à vida consagrada, particularmente à vida contemplativa, e à vida missionária”.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

A irmã Margarida Maria da Sagrada Família faleceu esta noite, de 83 anos e natural da freguesia de Tadim, Braga, há muito acamada, faleceu no hospital de Faro onde se encontrava internada há alguns dias. A religiosa era uma das fundadoras do Carmelo algarvio.

A consagrada, como acontece com todas as Carmelitas Descalças falecidas naquela comunidade, ficou sepultada no cemitério do próprio mosteiro.

Faleceu a irmã Margarida Maria, uma das fundadoras do Carmelo algarvio