
Claudine Pinheiro regressou no passado sábado ao Algarve para um concerto de oração que teve lugar na igreja matriz de Paderne.

“Vamos estar convosco esta noite para rezarmos através da música e para cantarmos através da oração. Todas as músicas que vamos cantar e rezar são inspiradas na Bíblia”, começou por afirmar aquela cantora que é uma referência na música católica em Portugal.

Acompanhada por Valter Silva na guitarra, Claudine Pinheiro desafiou os presentes que encheram a igreja, vindos de vários pontos do Algarve, a um “verdadeiro encontro com Deus” e a deixarem-se “transformar pela sua palavra”. A cantora, que foi introduzindo as suas interpretações com breves reflexões, lembrou que Deus pretende “fazer uma aliança” com cada homem e exortou à imitação de Jesus.

“O perdão de Deus faz de nós melhores cristãos”, destacou, explicando que esse perdão não é comparável a “«passar a ferro» uma «folha» amarrotada”. “Faz de nós uma «folha» nova e ainda mais bonita”, esclareceu, desafiando à coerência da fé perseverante “no meio das tempestades pastorais” das comunidades cristãs.

Claudine cantou oito temas do seu último álbum – “Até quando?” –, editado em 2015, dois do penúltimo – “Capaz de Ti” –, editado em 2008, incluindo quatro canções traduzidas e adaptadas do castelhano (Nico Montero/Brotes de Olivo), e o tema “Tu és a água viva” do seu primeiro CD, “Água Viva”, editado em 2004 e reeditado um ano depois com músicas da irmã Glenda, religiosa chilena.

O alinhamento musical teve início com “Cada manhã, Senhor” (Is 50, 4-5), seguindo-se “Transformai-vos” (Rm 12), “Eu queria ser com tu” (LC 6, 20-26), “Com tudo o que sou”, “Miserere” (Sl 50), “Até Quando?” (Sl 13), “Onde está a vossa fé?” (Lc 8, 22-25), “O Senhor é meu pastor”, “Porque te ris?” (Gn 18, 13) e “Tu és a água viva”. Ao encore pedido pelos presentes, respondeu com “Jesus, conta comigo”, uma canção que integra o seu último álbum inspirada na oração da noite que foi fazendo com o filho ao longo dos seus primeiros anos, e repetiu “Tu és a água viva”.


No final daquela oração cantada, o pároco de Paderne evidenciou a razão daquela “noite muito feliz” e “especialmente memorável para a paróquia de Paderne e para a Diocese do Algarve”. “Muitos de nós que estamos aqui temos rezado muito ao som da sua voz, tentando fazer nossas as palavras orantes que canta. De há 13 anos para cá, com o seu sim à música – que sei que entende como a sua grande missão –, a arte ganhou, Portugal ganhou e o anúncio do evangelho também”, afirmou o padre Pedro Manuel, lembrando que “a música exprime em si o que de melhor a arte de sentir tem para entregar”.
Os fundos angariados com aquele concerto de oração reverteram para a catequese da paróquia de Paderne.

Claudine Pinheiro já tinha estado no Algarve em 2013, no âmbito da Jornada Diocesana da Juventude em Faro, e na última edição do Festival Jota, que em 2015 também se realizou em Faro.
